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Arthur Maia, o saudoso gigante do baixo

MÚSICA

Por Flávio de Mattos
Atualizado em 30 jul 2020, 19h29 - Publicado em 23 ago 2019, 11h01

Aos quatro anos o garoto Arthur já batucava nas panelas da casa, acompanhando as músicas que ouvia no rádio. Aos cinco, ganhou sua primeira bateria e começou a ter aulas do instrumento. Com oito anos já tinha uma banda e tocava nas festas e eventos, no Rio de Janeiro. Mas aos 14 anos, influenciado pelo tio Luizão Maia, o jovem Arthur Maia trocou a bateria pelo baixo e se tornou um dos maiores mestres desse instrumento no Brasil.

O baixista Luiz Maia era já uma lenda na cena musical brasileira. Foi ele a primeira influência do jovem Arthur Maia. E foi, também, quem lhe indicou para o primeiro emprego, na banda de Ivan Lins, em 1986.  Com pouco mais de 15 anos, logo Arthurzinho já estava tocando com Luiz Melodia, Marcio Montarroyos, Jorge Benjor, músicos que eram seus ídolos.

Outra influência fundamental para o Arthur Maia foi o baixista Jaco Pastorius, que ele o viu tocando com o Weather Report no Rio, em 1980. De Pastorius, incorporou o baixo elétrico fretless, que não tem trastes no braço. A partir daí desenvolveu sua própria linguagem musical, levando para o baixo elétrico as técnicas adquiridas com o estudo do baixo acústico.

Arthur Maia, ainda muito jovem, se tornou um baixista dos mais requisitados pelos grandes artistas brasileiros como Djavan, Ney Matogrosso, Gal Costa, Caetano Veloso, Marisa Monte, Roberto Carlos, Dominguinhos entre tantos outros. Tocar com diferentes artistas de todos os gêneros musicais, lhe rendeu uma formação ampla e influências ecléticas.

Em 1985, Maia passou a integrar o mais importante grupo de jazz brasileiro, o Cama de Gato, junto com Paschoal Meirelles, Mauro Senise e Rique Pantoja. Na mesma época, ele tocava rock, na banda de Lulu Santos; samba, com Martinho da Vila; e MPB no grupo de Ivan Lins.

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Em suas composições, Arthur Maia incorpora todas essas influências, fazendo uma fusão do jazz com o samba, o funk e até o reggae. Integrante durante 15 anos da banda de Gilberto Gil, Maia relatava como havia sido marcante ter gravado na Jamaica, o álbum Kaya N’Gan Daya (2002), o tributo de Gil a Bob Marley.

Em sua carreira solo, Arthur Maia estreou com o álbum Maia, em 1991, que lhe rendeu o Prêmio Sharp Instrumental. Seu último trabalho em disco foi o álbum O Tempo e a Música, editado em 2011, que soa, hoje, como uma espécie de testamento. Nele, se destacam as composições Frevo do Compadre e To Nico. E, também, o arranjo de Maia para o choro Brejeiro, de Ernesto Nazareth, em que o baixo sola, conduzindo a melodia.

Arthur Maia faleceu prematuramente em dezembro de 2018, aos 51 anos. Em julho deste ano o selo Biscoito Fino lançou o DVD Arthur Maia Ao Vivo, gravado em 2015, em Niterói. É deste trabalho o vídeo a seguir, com o tema Arthur e o Gigante, composta para Arthur Maia por Willian Magalhães, da Banda Black Rio.

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Flávio de Mattos é jornalista e escreve aqui sobre jazz a cada 15 dias. Dirigiu a Rádio Senado. Produz o programa Improviso – O Jazz do Brasil, que pode ser acessado no endereço: senado.leg.br/radio  

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