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A Rosa de Hiroshima revive (por Raul Jungmann)

A corrida nuclear e armamentista está de volta

Por Gustavo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 18h50 - Publicado em 4 jul 2020, 11h00

No dia 6 de agosto de 1945 o homem conquistou o poder de destruir-se e à humanidade, com a explosão da primeira bomba atômica de urânio sobre Hiroshima, no Japão, lançada pelos Estados Unidos, levando à morte de 90 mil a 1600 pessoas. Em 1949 a então URSS, atual Rússia, explodiu a sua bomba e, em seguida, entraram para o clube atômico a Inglaterra, França e China.

Em meados dos anos 70 as nações nuclearmente armadas chegaram a estocar mais de 70 mil ogivas nucleares que, somadas, teriam a capacidade de destruir toda a vida sobre a Terra mais de 20 vezes. Dizia-se à época, numa estatística mórbida, que a cada criança que nascia cabiam 200 quilos de dinamite.

À corrida nuclear deu-se um nome: “Mutually Assured Destruction” (MAD), que se traduz por “Destruição Mútua Assegurada”, também conhecida como o “equilíbrio do terror”, fruto da certeza de que o ataque nuclear de uma superpotência a outra levaria à retaliação e à mútua destruição – que se espalharia mundo afora, sobretudo pelas fatais nuvens radioativas que cobririam parte do planeta.

Uma precária rede de contenção começou a ser tecida em 1970 com a entrada em vigor do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e, em seguida, pelos acordos Salt, ABM e, principalmente, Start I e Start II que limitaram o arsenal de armas nucleares estratégicas dos EUA e Rússia a 1.550 ogivas (ICBM) e 700 lançadores (aviões e submarinos), submetidos a mútua verificação.

Tornado efetivo em 2010, o Start II é válido até 1º de fevereiro de 2021 e, tudo indica, não será renovado. Em razão dos EUA exigirem que a Rússia traga a China para a mesa de negociações o que, salvo uma radical mudança de perspectiva, não ocorrerá. Caso não haja prorrogação, será a primeira vez em cinco décadas que as duas maiores potências nucleares deixarão de ter limitações jurídicas à ampliação de suas capacidades nucleares.

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Com o TNP fragilizado (Índia, Coréia do Norte, Paquistão e Israel desenvolveram a bomba após sua entrada em vigor), o fim do Tratado de Forças Nucleares Intermediárias (INF) em 2019 e o desacordo sobre mísseis hipersônicos, cybersecurity, inteligência artificial (sistemas de armas autônomas), armas químicas e biológicas e espaço, a corrida nuclear e armamentista está de volta.

E o risco de sermos tragados no vórtice de uma guerra terminal, idem. Nesse jogo inexistem inocentes, mas é fato que os EUA sob Trump tem maior responsabilidade no desmanche dos acordos de contenção. E o Brasil, agora peça da engrenagem diplomática americana, é coadjuvante.

Raul Jungmann foi ministro e deputado e escreve no Capital Político

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