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O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

A ilusão da ilha

Com Bolsonaro, Noronha corre perigo. O Brasil corre perigo

Por Mirian Guaraciaba
23 jul 2019, 11h00 • Atualizado em 30 jul 2020, 19h33
  • Então, Bolsonaro cismou com as altas taxas cobradas dos turistas que visitam Fernando de Noronha. Chamou de roubo os $ 73,00, por noite, por pessoa (independente da idade), e os $ 106,00 para acessar os parques nacionais na Ilha (passe válido por 10 dias). Na mesma semana (que semana, presidente!!) despachou Ricardo Sales, seu (de)limitado ministro do Meio-Ambiente, para vistoriar a ilha.

    Não sairá coisa boa dessa visita. Não há que se imaginar boa fé de um presidente caranguejo. Anda para trás, pros lados, nunca para a frente. Bolsonaro não está apreensivo com o futuro do arquipélago de Fernando de Noronha, e suas 21 ilhas, declarado pela Unesco, em 2001, Patrimônio Natural da Humanidade. Também não está aflito com o bolso dos turistas.

    Com Bolsonaro, Noronha corre perigo. O Brasil corre perigo. Ricardo Salles anunciou providências – em estudos – que trarão prejuízos irreparáveis à preservação da ilha. Já se fala em rever o valor das taxas, liberar a pesca de sardinha nas áreas de reserva, e autorizar voos noturnos, causando impacto inevitável ao ecosistema.

    O frenesi de Bolsonaro nunca foi a preservação da vida. Faz questão de duvidar publicamente dos índices de desmatamento no Brasil e defende a ocupação da Amazonia, como se não houvesse amanhã. No caso de Noronha, o capitão declarou-se azombado com o que se paga para entrar no Território.

    Interessante é que deu-se conta do fato um dia depois da visita ao Planalto do “apóstolo” terrivelmente evangélico Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, “investidor” da Ilha, juntamente com seus irmãos e sua mulher, a Bispa Franciléia.

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    Valdemiro é parça do presidente. Levou Bolsonaro para marchar com Jesus, teve seu chapéu de R$ 5 mil atirado para a galera pelo capitão, responde a processos e mantém um “templo” de sua igreja em Noronha. Amigos acima de tudo. Família acima de todos.

    Fernando de Noronha não está segura nas mãos de Bolsonaro. As taxas são necessárias para se preservar inigualável paraíso brasileiro. Devem ser revertidas para a ilha, seus 6 mil habitantes e o turismo. Não reduzidas. À exceção das praias bem preservadas pelos parques nacionais, sob a direção do ICMBIO, e apesar das preços dos ingressos, a cidade parece abandonada. Ruas esburacadas, esgoto a céu aberto, lixeiras quebradas.

    Na semana em que o presidente bateu recorde de frases infelizes e preconceituosas, as ameaças a Noronha acabaram quase esquecidas. O capitão desprezou nordestinos, atentou contra jornalistas, mentiu sobre desmatamento e fome no Brasil, e afirmou que vai praticar nepotismo, sim senhor.

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    Grotesco, tosco, mentiroso contumaz, Bolsonaro ainda desdenhou o eleitor: “Quem diz que não vai votar mais em mim, paciência. É igual aquele maridão malandro. Está lá, felicíssimo com a mulher seis meses depois do casamento. Em um dia lá, a mulher queima o ovo dele. Ovo na frigideira, pra deixar bem claro [risos]. Aí pronto, já quer acabar com o casamento. Não tem cabimento isso aí. Vai ter coisas que eu vou desagradar vocês”.

    Nem precisava avisar, Capitão.

     

    Mirian Guaraciaba é jornalista, paulista, brasiliense de coração, apaixonada pelo Rio de Janeiro 

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