Texto do dia 10/05/2005
Para preservar a credibilidade que angariou e tentar aumentá-la, o jornal New York Times, o mais importante do mundo, montou um comitê de funcionários e o incumbiu de estudar que tipo de providências deveriam ser tomadas. O trabalho resultou em um relatório de 16 páginas sob o título”Preservando a confiança dos nossos leitores”.
O que está sugerido ali mostra como os jornais em toda parte, e não só o New York Times, se atrasaram em relação à História. Porque as sugestões são de uma obviedade de fazer dó. As principais, segundo notícia publicada hoje na Folha de S. Paulo:
*o jornal deve reduzir ao mínimo o número de citações”off the records”, em que a fonte da informação não é identificada. (…) Repórteres e editores devem fazer pressão para que o entrevistado dê as declarações abertamente. Quando isso não for possível, a obrigação do jornal é fornecer o maior número de dados possível sobre a origem da informação: qual o interesse de quem a passou, como a teria obtido e a que área está relacionado o informante.
* o jornal deve aumentar o contato entre os leitores e repórteres. Os textos colocados no site do jornal devem conter o e-mail dos repórteres e editores responsáveis pelas matérias. Além disso, o jornal deve criar uma coluna, provavelmente quinzenal, em que o editor-executivo, um dos cargos mais altos da hierarquia da empresa, discutirá os problemas do jornal.
* todos no jornal devem ser responsáveis por erros (repórteres, redatores e editores). Para isso seria recomendável que se criasse um sistema mais rígido de checagem de informações para que o repórter confirmasse a veracidade delas antes e depois de publicá-las.
Há mais de 50 anos, o equivalente americano à nossa Associação Nacional dos Jornais pesquisa as queixas mais frequentes dos leitores. E algumas delas se repetem monotonamente sem que os jornais as levem em conta. Queixam-se os leitores:
* do formato; querem páginas menores;
* do número de páginas; não têm tempo para ler tanta coisa;
* das páginas que se soltam; na Escandinávia há jornais cujas páginas são grampeadas ou coladas;
* da tinta que suja as mãos; há tintas que não sujam;
* de erros de ortografia;
* de crescentes erros de informação;
* do descompasso entre o conteúdo oferecido pelos jornais e o conteúdo desejado por eles, leitores;
* da falta de interatividade; jornais e jornalistas vivem encastelados e distantes dos leitores;
* do reduzido espaço oferecido para que eles, leitores, manifestem suas opiniões;
* e da falta de independência e de uma postura mais crítica em relaçãos aos poderes em geral.
Poucos jornais, pouquíssimos, estão de fato empenhados em mudar. Sabem o que devem fazer. Mas não fazem. Estão indo para o buraco.
Enquanto isso, as pessoas se informam cada vez mais pela internet. E se tornam, elas mesmas,
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