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Três gigantes europeus tremem

Alemanha, Inglaterra e França vão mal, embora o povo continue bem

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 16 set 2024, 06h24 - Publicado em 15 set 2024, 08h00

Nós, do Novo Mundo, costumamos ficar impressionados com coisas muito antigas. A monarquia inglesa vem de uma linha de quase 1 200 anos? Algo de bom deve ter. Notre-Dame começou a ser construída no ano de 1163, mais de três séculos antes de o Brasil histórico começar a existir? Agradecemos aos céus que já esteja quase sem os andaimes que recuperam sua glória depois do incêndio de 2019 — e sem as ridículas propostas “modernizantes” que tentaram emplacar. Esse apreço por pilares da cultura ocidental — e está claro aqui que só tratamos das coisas boas, os outros que falem das ruins — aumenta a dor no coração que dá ao ver a França perdida num labirinto político, a Inglaterra ser tomada por um governo ainda mais incompetente do que o anterior e a Alemanha correr o risco de ficar até sem a Volkswagen, estrangulada pela competição chinesa. O modelo bem-sucedido que produziu um PIB conjunto de 11 trilhões de dólares e o Estado de bem-estar social, o estágio mais avançado alcançado pela humanidade para prover a maioria da sociedade, parecem sufocados por múltiplas forças. Algumas delas: estagnação mais ou menos generalizada, falta de renovação e de mão de obra para manter o alto padrão de vida e uma atitude de total paralisia diante das grandes massas de migrantes que chegam sem parar, não para tocar as fábricas alemãs que correm o risco de fechar, mas para disputar benefícios sociais finitos, já ameaçados pelo encolhimento populacional.

“O modelo bem-sucedido que produziu um PIB de 11 trilhões de dólares parece sufocado”

Só um pequeno exemplo: o governo alemão conseguiu finalmente devolver ao Afeganistão, depois de anos, 28 criminosos contumazes. Um havia estuprado uma menina de 14 anos, vários tinham abusos de menor na ficha, e o prontuário policial de outro registrava mais de 160 ocorrências. Cada um deles recebeu 1 000 euros para facilitar a expulsão. Como se sente o cidadão alemão que paga impostos para bancar essa inacreditável benevolência? A votação de mais de 30%, em duas eleições estaduais, da Alternativa para a Alemanha, sempre suspeita de simpatias pela extrema direita, dá uma pista. O primeiro-ministro Olaf Scholz, sujeito decente pelos padrões da política, também quer controlar a venda de facas para evitar os casos em que imigrantes psicopatas, por doença mental ou fanatismo, picam cidadãos inocentes nas ruas.

A mesma impotência parece ter engolfado Emmanuel Macron, um garoto prodígio que chegou à Presidência com as ideias certas para fazer as reformas obrigatórias. Por vontade própria, convocou eleições nas quais sabia que perderia a maioria e agora parece o clássico peru natalino aturdido por substâncias fortes, procurando alianças à esquerda e à direita e sendo odiado por todo mundo. Na Inglaterra, o primeiro-ministro Keir Starmer assumiu em julho, mas conseguiu cair para 35% de aprovação e ficamos sabendo que um senhor rico, simpático ao Partido Trabalhista, pagou pelos seus ternos e até por seus óculos durante a campanha. Existe algo mais desmoralizante? Na verdade, existe: como é próprio da cultura anglo-saxã, um modismo copiado ipsis litteris nos trópicos, a intelectualidade de esquerda comanda um revisionismo histórico que cultiva não a autocrítica saudável, mas um estado permanente de ódio ao próprio país. A última: o novo técnico da seleção inglesa, Lee Carsley, informou que não vai cantar o hino nacional antes dos jogos. A loucura também é brava por parte des filhes daquele solo.

Publicado em VEJA de 13 de setembro de 2024, edição nº 2910

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