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Secretário do Tesouro é uma força moderadora que pode conter Trump?

Ou o jogo já estava combinado desde o começo, com o presidente no papel de malvadão e Scott Bessent fazendo o policial bonzinho?

Por Vilma Gryzinski 11 abr 2025, 06h47

“O revólver das sobretaxas estará sempre carregado e em cima da mesa, mas raramente será disparado”. Scott Bessent estava formidavelmente errado ao fazer essa previsão, numa carta a investidores depois de ser nomeado secretário da Fazenda. Mas, nos bastidores, tem agido como se seu prognóstico estivesse certo, uma força em favor de acordos de livre comércio país por país – e dureza só na interação com a China.

Publicamente, Bessent é um defensor implacável de Trump, como convém a quem quer continuar no cargo e produzir o que já chamou de “Lollapalooza da economia”, uma política de desregulamentação e crescimento econômico. Tem também que lidar com um presidente do qual partiu a seguinte declaração, no auge da crise das tarifas: “Eu sei que diabos estou fazendo”.

Sabe mesmo? Teria combinado com seu secretário fazer o papel do bad cop, enquanto Bessent parece como o adulto na sala, o bonzinho, a voz da razão?

Há analistas que não enxergam uma relação tão tranquila. Para eles, Bessent se aliou ao vice-presidente JD Vance para defender uma posição menos radical, enquanto o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o assessor comercial Peter Navarro encabeçam a facção dos talibãs do tarifaço.

Detalhe curioso: os dois são milionários que compraram mansões em Washington depois de serem nomeados ministros, num sinal de que não pensam em sair do governo tão cedo. São também feras do mercado. Com o acréscimo de que Bessent começou a ascender no mundo resumido no título de um livro do qual é um dos personagens – Mais Dinheiro do que Deus – trabalhando para George Soros, o bilionário de esquerda que encarna praticamente todos os defeitos mais odiados pelos trumpistas.

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‘ANIMAIS ORGÂNICOS’

Enquanto o mundo tremia – e depois soltava um titânico suspiro de alívio com a suspensão das tarifas por noventa dias -, o Tesouro fez um leilão de títulos que foi considerado bem sucedido. A coincidência de datas não pode ser creditada ao acaso. A derrocada dos títulos da dívida pública afundaria a economia de maneira catastrófica.

A imprevisibilidade é tamanha, com os sobes e desces, que corre uma versão algo alucinada sobre o leilão: Trump e Bessent teriam forçado deliberadamente a implosão das bolsas para atrair compradores para os títulos, considerados um porto seguro em momentos de alta turbulência.

Seria excesso de conspiracionismo ou a dupla Trump e Bessent teria agido de maneira maquiavélica?

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Manter a cabeça fria tem sido uma posição considerada positiva do secretário do Tesouro. “Os mercados são animais orgânicos e nunca se sabe qual vai ser sua reação”, disse gelidamente em pleno furacão. “Não é obrigatório que haja uma recessão. Quem sabe como o mercado vai reagir dentro de um dia ou de uma semana?”.

“O motivo pelo qual o mercado de ações é considerado um bom investimento é porque é um investimento a longo prazo. Se você olhar dia por dia ou semana por semana, é muito arriscado”.

PASSATEMPO CARO

Segundo ele, o mercado “consistentemente subestima” Donald Trump. Uma das questões mais importantes do mundo, hoje, é se Scott Bessent foi superestimado e não tem controle sobre um presidente caótico nem uma visão tranquilizadora sobre a economia.

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Ou terá sido a compra da mansão em Washington um gesto precipitado?

Uma das poucas coisas boas do caos da última semana foi que ninguém mais menciona em todas as reportagens, que Bessent é gay, casado com um ex-promotor e pai de um casal de filhos, por barriga de aluguel. O hobby deles é justamente comprar e restaurar mansões históricas. Como o secretário tem mais de 500 milhões de dólares, segundo a declaração que fez ao ser nomeado, não falta dinheiro para o passatempo.

O mundo ainda está decidindo se torce por Bessent aproveitar por muito tempo o novo casarão em Washington ou se é melhor que vá morar em outro lugar.

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