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Paz possível para Ucrânia – e, relevando frustração, deve ser celebrada

Melhor fazer um acordo, mesmo com injustiças, do que continuar com uma guerra que a Rússia poderia levar ao indizível: ataque nuclear

Por Vilma Gryzinski 25 nov 2025, 11h52

Donald Trump pôs um bode imenso na sala ao anunciar seu plano de 28 pontos para a paz na Ucrânia e foi tirando pedaços dele. Exatamente como prega em seu livro, A Arte da Negociação, sobre a tática imemorial de começar com uma proposta indecente e ir fazendo concessões. Resultado: o que parecia impossível aconteceu e a Ucrânia aceitou a proposta.

Há, inevitavelmente, muitas injustiças, da cessão do território tomado pela Rússia, aceitando o revoltante mudança de fronteiras pela força, à renúncia do julgamento dos responsáveis por múltiplos crimes de guerra.

Mas qual seria a alternativa? A Ucrânia jamais teria condições de recuperar os territórios tomados. Mesmo que tivesse homens e armas para fazer isso, a Rússia reagiria com o impensável diante de uma derrota que poderia varrer Vladimir Putin do mapa: um ataque nuclear tático, hipótese cogitada e incentivada pelos ultranacionalistas russos.

Falta a Rússia concordar com as mudanças no plano original, tão condescendente com ela.

RISCOS ENORMES

É importante notar que a Ucrânia não sai humilhada, mesmo com todas as perdas. O país resistiu bravamente à invasão que pretendia prender o presidente Volodymyr Zelensky e seu círculo – ou talvez coisa pior – e colocar em seu lugar um governo títere – ou coisa pior.

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Os russos achavam que resolveriam tudo em duas semanas e foram cruelmente desmentidos pela realidade.

Mas a realidade também ensina que um país invasor 28 vezes maior do que o invadido, e dotado do maior arsenal nuclear do mundo, não vai perder uma guerra.

Qual a garantia de que, num futuro próximo, a Rússia não volte a tentar exatamente o que quis fazer há quatro anos? Todos temos que confiar no comprometimento dos Estados Unidos. Nem uma única pessoa que conheça o histórico russo pode se sentir tranquila, mas o peso da superpotência americana conta enormemente.

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Os riscos são enormes. Ironicamente, tanto na Ucrânia quanto na Rússia são os ultranacionalistas que ameaçam reagir contra um acordo ou até chacoalhar Putin e Zelensky.

A Ucrânia não estava perdendo, mas a Rússia também não estava ganhando.

MÁQUINA DE MOER CARNE

O que dirão os habitantes dos territórios ocupados a serem cedidos? É difícil cravar, pois não existem métodos de pesquisa nem remotamente confiáveis. Por levantamentos do passado, talvez 30% da população do Donbas, onde o idioma russo é dominante, aceitem a russificação. Os que não a aceitam talvez já tenham, em parte, deixado o lugar em que nasceram e fugido para a Ucrânia ou outros países. São eles os maiores injustiçados.

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Donald Trump queria a paz e a conseguiu, exercendo ao máximo o poder de total pressão sobre a Ucrânia. A guerra acabará, pelo menos se a Rússia aceitar as mudanças. Não é uma capitulação, como tem sido dito. A melhor parte, fora o fim da perda de vidas, é uma prometida reconstrução da Ucrânia com fundos congelados da Rússia.

A Ucrânia já perdeu cerca de 70 mil vidas nessa guerra revoltante. A Rússia vinha sofrendo 1,7 baixas por dia entre feridos e mortos, tendo um total de mortes avaliado em 250 mil.

Sobriamente, sem ilusões sobre o neoimperialismo russo, temos que comemorar o fim dessa máquina de moer gente. E o crédito devido tem que ser dado a Donald Trump.

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