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Maioria dos americanos apoia principais propostas de Donald Trump

Inclusive quando não aprovam a pessoa do o presidente, muitos acham certo expulsar ilegais com ficha criminal e não fazer transição sexual em menores

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 20 jan 2025, 13h31 - Publicado em 20 jan 2025, 08h09

Os especialistas estão espumando com a “nova ordem mundial” que identificam como a principal mudança que Donald Trump trará, mas a maioria dos americanos está focada em problemas mais imediatos. E muitas das soluções que ele defendeu têm apoio até de quem não votou nele.

Quando Trump assinar hoje os primeiros decretos prometidos, ele contará com o apoio impressionante de 87% sobre a deportação de imigrantes irregulares que cometeram crimes, segundo uma pesquisa encomendada pelo The New York Times à Ipsos. Também é enorme a quantidade de pessoas que apoia a deportação dos chegados ilegalmente nos últimos quatro anos, o período em que, inexplicavelmente, o governo de Joe Biden baixou um liberou geral na fronteira com o México, o que ajudou na derrota da candidata a quem ele, de má vontade, cedeu o lugar.

A maioria (55%) também apoia a deportação de todas as pessoas que entraram ilegalmente no país. É menor o apoio à erradicação do direito de solo, o de que qualquer pessoa nascida em território americano ter a cidadania automaticamente, da mesma forma que acontece no Brasil. Ainda assim, 41% favorecem a eliminação desse sistema, consagrado na constituição.

Homens biológicos que se tornam mulheres trans competindo em esportes femininos? Nada menos que 79% são contra, outro ponto que mostra como a agenda woke do governo democrata foi rejeitada. Também 71% são contra intervenções médicas para fazer a transição de gênero de menores de 18 anos.

São posições assim que ajudam a entender como o governo de Joe Biden sai desmoralizado, com míseros 36% de aprovação. Biden agora se torna um retrato da parede — e meio apagado.

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ESTREIA RUIM

Trump inicia o segundo governo com os números mostrados acima. Embora seu índice de aprovação não chegue a 50%, existe um consenso generalizado de que ele está em posição melhor do que em 2017, com uma equipe mais sólida, embora não faltem nomeações altamente controvertidas. Mas ele parece ter aprendido, por exemplo, a não repetir erros do primeiro governo, quando seu primeiro ato foi se envolver numa discussão ridícula, tentando provar que havia mais gente na rua para ver sua posse do que nas cerimônias de Barack Obama. Foi uma estreia ruim e autodestrutiva.

Um dos jornais que mais esculhambaram com ele, o Washington Post, resumiu a situação atual: “O presidente eleito Donald Trump está retornando a Washington triunfante. Seus casos na Justiça ficaram para trás, executivos de empresas convergiram para Mar-a-Lago, seu comitê de posse levantou quantias recordes de dinheiro para a cerimônia e o Partido Republicano está firmemente sob seu controle”.

O tempo, claro, atrapalhou. A cerimônia de posse teve que ser transferida para dentro do Capitólio, o que não permitirá uma foto de multidão — nem a caminhada pela Avenida Pensilvânia, a oportunidade para ver melhor o que Melania Trump estará vestindo.

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Os americanos adoram histórias de presidentes e, por causa do frio ártico que pode chegar a dezesseis graus abaixo de zero, foram ressuscitados episódios históricos. Entre eles, o protagonizado, por assim dizer, por William Henry Harrison, que assumiu com um frio comparável, insistiu na cerimônia ao ar livre e fez um discurso de quase duas horas, sem casaco nem luvas. Em 32 dias, a 4 de abril de l841, estava morto, levado por uma pneumonia que emplastros de mostarda, ventosas e sangrias, recursos da medicina da época, não conseguiram reverter.

“ANOS DOURADOS”

Trump não vai falar tanto. Mas também não vai se limitar às nove linhas de George Washington em sua segunda posse, um prodígio de concisão.

Irá ele ser o desastre telúrico previsto pelos anti-trumpistas, que falam em nada menos do que o fim da política externa seguida pelos Estados Unidos nos últimos oitenta anos, como fez a revista Economist — o que implicaria no fim do equilíbrio mundial de poder tal como o conhecemos, com ruptura da aliança atlântica? Irá efetivamente ser um neoimperialista à la Putin, que engole a Groenlândia e deglute o Canal do Panamá?

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Ou, como acreditam seus mais ardorosos admiradores, desencadeará novos anos dourados, um período de prosperidade, poderio e autoconfiança, inspirando a direita nacionalista populista em todo o mundo?

Provavelmente, nem uma coisa nem outra. Como os prometidos aumentos de taxas sobre importações afetam imediatamente todos os países que vendem alguma coisa aos Estados Unidos, o interesse sobre as estratégias de Donald Trump começará exatamente hoje, com a saraivada de mais de duzentos decretos que ele assinará. Para os temas principais, ele tem o apoio da opinião pública, como mostram as pesquisas. Caberá a Trump ter o bom senso de não desperdiçar esse capital político.

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