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EUA x Irã: um futuro de atentados e ataques ou mudança de regime

São praticamente as duas opções possíveis em consequência do bombardeio americano e do momento histórico que Trump viveu

Por Vilma Gryzinski 22 jun 2025, 08h16

Ninguém realmente pode ter acreditado que Donald Trump ia dar duas semanas de prazo para o Irã, debaixo de bombardeio israelense e de tentativas de retaliação, pensar se aceitava uma solução diplomática. Trump não é um grande orador, embora fale às massas que o veneram, mas com certeza captou as circunstâncias históricas de uma decisão que provavelmente já havia tomado desde o começo.

Isso ficou claro quando ele postou que não é um isolacionista, em resposta à ala do trumpismo que estava fazendo uma campanha barulhenta para não envolver os Estados Unidos num conflito com potencial de se prolongar e se complicar, pela capacidade que o regime iraniano tem de, não só promover ataques contra bases americanas no Oriente Médio, como mobilizar agentes terroristas, nativos e aliados.

Nesse sentido, o ataque contra três instalações nucleares do Irã pode evoluir para um envolvimento muito maior – e até mais complicado do que as intervenções de George Bush filho no Iraque e no Afeganistão.

A maioria das vinte bases americanas na região está ao alcance do míssil balístico iraniano Sejil-2, com raio de dois mil quilômetros. E claro que a potência americana tem condições de detectar as movimentações que levam aos disparos e interferir para neutralizá-las, o que só aumentaria o envolvimento americano. Os Estados Unidos não precisam da licença dos governos dos países onde estão as bases – e que obviamente não querem se envolver – para interferir: os dois porta-aviões americanos deslocados para o Oriente Médio têm poder de fogo suficiente.

Mas os acontecimentos em Israel têm mostrado que nem as mais sofisticadas capacidades de destruição de mísseis são à prova de furos. O estoque iraniano está diminuindo consideravelmente, com os ataques diários a Israel e o bombardeio das plataformas de lançamento, mas prédios inteiros continuam a ser detonados em Telavive e outras cidades.

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Agente infiltrados

A total falta de reação do Hezbollah desde que Israel iniciou a campanha O Leão Se Ergue não pode ser considerada sinal de que continuará assim. É bom lembrar que o mais letal ataque contra forças americanas desde a II Guerra continua a ser o atentado com um caminhão-bomba contra o local onde estavam concentrados fuzileiros navais mobilizado para uma operação de paz no Líbano. Em 23 de outubro de 1983, o atentado matou 241 militares americanos. Simultaneamente, outro caminhão-bomba matou 58 militares franceses da mesma força de paz.

O Hezbollah tem rede de doadores e agentes infiltrados em países europeus e também na América do Sul, incluindo o Brasil. Na Argentina, praticou dois grandes atentados, em 1992 e 1994, contra a embaixada de Israel e um centro comunitário judaico. É uma organização islamista que cultua o martírio e obviamente está fazendo tudo para se recompor. Vai continuar no jogo por muito tempo.

“Todo cidadão ou militar americano na região é agora um alvo legítimo”, proclamou um apresentador da televisão estatal.

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Estarão os Estados Unidos enrolados num outro conflito sem data para acabar e de resultados inconclusivos? Existe uma maneira de dar o assunto por encerrado e sair de cena, deixando Israel continuar as operações? Ou a única solução seria o que os trumpistas raiz repudiam, uma campanha para mudar o regime dos aiatolás?

Trump provavelmente sabe muito bem como as coisas podem se complicar. No breve discurso ao país, ele chegou a demonstrar um momento de emoção quando disse que queria “agradecer a todos, em particular a Deus”.

“Só queria dizer que nós o amamos, Deus, e amamos nojosas grandes forças armadas”.

Sua voz quase tremeu nesse instante.

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