Relâmpago: Revista em casa por 8,98/semana
Imagem Blog

Mundialista

Por Vilma Gryzinski Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Se está no mapa, é interessante. Notícias comentadas sobre países, povos e personagens que interessam a participantes curiosos da comunidade global. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Desperdício de dinheiro público: show de absurdos da Usaid continua

E agora também da agência de gestão de emergências, a Fema, que pagava hotel para imigrantes clandestinos em Nova York

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 12 fev 2025, 17h13 - Publicado em 12 fev 2025, 08h02

Muitos brasileiros ainda se lembram do tempo em que ficavam “no Roosevelt” – o mastodonte de mais de mil quartos em Manhattan, feio de doer, mas muito bem localizado na Rua 45. Ontem foram demitidos quatro funcionários públicos que pagavam diárias no Roosevelt e outros hotéis para imigrantes clandestinos, em mais um caso de desperdício de dinheiro público, como ficou notório com a Usaid, o órgão de ajuda externa praticamente fechado pela dupla Elon Musk e Donald Trump.

E não era pouco dinheiro que ia para os hotéis. O último grande pagamento foi de 59 milhões de dólares, uma quantia impressionante por qualquer padrão que se use, inclusive os americanos. E mais complicado ainda porque desabrigados pelo furacão Helene, na região sul, e pelos incêndios de Los Angeles continuam a precisar de ajuda.

“O dinheiro que deveria ir para vítimas de desastres está sendo gasto em hotéis de luxo para ilegais”, proclamou Musk. O homem mais rico do mundo se jogou na missão de combate a desperdícios dada por Trump, numa combinação nunca vista antes – incluindo a entrevista em que ficou ao lado de Trump no Salão Oval, com o filhinho X olhando por trás da escrivaninha presidencial.

Em nome dessa tarefa, efetivamente fechou a sede da Usaid, levando ex-funcionários a depositar flores e fazer pequenas manifestações em frente.

Na guerra da narrativa, Musk e seus “garotos perdidos”, jovens programadores que vasculham sistemas oficiais em busca de gastos injustificáveis, estão empatados com a considerável parcela que continua a apoiar verbas a países pobres estrangeiros. Segundo uma pesquisa Prolific, 49% não aprovam a suspensão da ajuda, contra 33% que são a favor.

Continua após a publicidade

SEMANA DE MODA

Os americanos são muito orientados para filantropia em benefício de necessitados – tanto que a Usaid era responsável por nada menos que 40% da ajuda humanitária do mundo. Mas também entendem que, além de comida e remédios, a agência estava disseminando a ideologia woke.

Quando não gastando verbas em projetos absurdos. A senadora republicana Joni Ernest escreveu no Wall Street Journal que a agência procurou não revelar de várias maneiras o destino das verbas para a Ucrânia. Ela conseguiu acesso aos dados por um dia, numa sala fechada, sem direito a anotações. Descobriu que a Usaid estava financiando viagens de modelos e estilistas de moda para desfiles em Nova York, Londres e Paris.

Os ucranianos certamente precisam de ajuda em várias instâncias, inclusive na montagem dos jornais que profissionalizaram a imprensa – e, claro, se alinharam com a causa nacional na guerra desfechada pela Rússia. Não poderia ser diferente. Mas semanas de moda? Certamente passa a imagem de que os americanos estão sendo enganados e até conspurca uma causa tão importante com a defesa da soberania nacional.

Continua após a publicidade

Outro membro do Senado, John Kennedy, mencionou um absurdo woke mais incompreensível ainda: 7,9 milhões de dólares “do contribuinte americano” para ensinar jornalistas do Sri Lanka a evitar o uso de linguagem binária.

Dá para suspeitar de onde vem a moda do “todes” e outras abominações, embora seja preciso muita cautela para não espalhar falsidades por interesse ideológico.

DÓLARES PARA O HAMAS

Muita coisa ainda está sendo levantada sobre o desvio de função da Usaid, inclusive verbas que foram encaminhadas a organizações palestinas a favor da violência.

Continua após a publicidade

Disse o senador Ted Cruz a respeito de um relatório que mostra estas distorções quase inacreditáveis: “A história completa do financiamento da Usaid ao Hamas é extensa e muito dela foi feito em segredo. Antes e depois do 7 de outubro, a Usaid canalizou centenas de milhões de dólares para o Hamas, o que os habilitou a lançar o ataque e a continuar a guerra contra Israel depois dele”.

São acusações espantosas. Estão numa reportagem do site Free Beacon, na qual uma fonte do Departamento de Estado também diz que a ex-diretora da Usaid, Samantha Powers, entrou em conflito com a própria diplomacia do governo Biden. A agência queria interferir na política externa e suspender a ajuda militar a Israel.

O órgão criado em 1961 por John Kennedy para ajudar os muito pobres e promover a imagem dos Estados Unidos, tão detestado pelas esquerdas, deu uma guinada radical e acabou combatendo as próprias políticas americanas. Além de mandar dólares para o Hamas. Dá uma série daquelas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.