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‘Crimes sexuais sádicos’ do Hamas contra mulheres, homens e crianças

O relatório feito por uma associação de Israel especializada em violência sexual resume o que se sabe até agora sobre esse tipo de crime cometido pelo grupo

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 9 Maio 2024, 10h07 - Publicado em 22 fev 2024, 07h59

Estupros coletivos, castrações, mutilações, violações praticadas diante de familiares, inserção de armas nos genitais, “incluindo pregos, granadas e facas”.

É difícil ler o relatório – preliminar, pois muitos crimes continuam sem ser revelados – da Associação de Centros de Crise, dedicada a atender casos de estupro em Israel. O documento foi encaminhado à ONU, na esperança de que as atrocidades desse tipo, cada vez mais empurradas para o esquecimento, não acabem ignoradas.

Muitos dos crimes relatados já apareceram em reportagens, sendo a mais completa delas a do New York Times datada de 28 de dezembro passado.

Outros relatos feitos por profissionais são protegidos pelo sigilo. Segundo o Times, havia quatro sobreviventes das violações, três mulheres e um homem. É possível que outros casos tenham surgido desde então. Também é muito possível que os estupros continuem a ser praticados contra reféns.

TERROR E HUMILHAÇÃO

“Eu vi com os meus próprios olhos”, contou Aviva Siegel, refém libertada em novembro, sobre a convivência por alguns dias com seis jovens mantidas num grupo separado, vestidas com “roupas impróprias” como se fossem bonecas dos raptores, segundo a comparação que fez.

“Os rapazes também sofriam abusos”, disse ela.

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O relatório da Associação de Centros de Crise reuniu testemunhos dessa natureza e identificou os quatro pontos onde foram – ou continuam a ser – praticados: o festival Nova de música eletrónica, os kibutz e outras localidades fronteiriças dominadas pelos invasores, as bases das Forças de Defesa de Israel na área e os lugares para onde crianças, mulheres e homens foram levados, sendo que mais de cem continuam em cativeiro.

“A organização terrorista Hamas escolheu atingir o Estado de Israel com duas estratégias claras: tomar cidadãos como reféns e crimes sexuais sádicos. Não podemos mais silenciar”.

As práticas sádicas tinham por objetivo “aumentar o grau de terror e humilhação inerente à violência sexual. Muitos corpos de vítimas foram encontrados algemados e amarrados. Os genitais de homens e mulheres foram brutalmente mutilados, às vezes com armas alojadas neles”. Na reportagem do Times, é citado o caso do corpo de uma mulher encontrado com dezenas de pregos cravados nas coxas e na virilha.

“MINHA FILHA”

Os crimes sexuais provocam, em todas as culturas, enorme repúdio por sua natureza disruptiva: além das vítimas, toda a família e o círculo social são abalados por falharem no contrato tácito de não permitir esse tipo de abuso.

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Cometê-los diante de cônjuges, pais e filhos, como constatou a Associação, tem o objetivo de “solapar a dignidade e a masculinidade dos homens que não conseguem proteger suas mulheres, bem como instilar o medo”.

Antes que passassem a ser negados, com cinismo habitual e até a invocação de proscrição religiosa, muitos dos crimes ficaram registrados em fotos tiradas das vítimas por invasores do Hamas. Outros foram inferidos por imagens como as da jovem Naama Levy, algemada, com ferimentos no rosto, nos braços e nas pernas, além de sangue na área genital aparecendo em sua calça de moletom.

“Todo mundo viu o vídeo, a garota que aparece nele é minha filha”, já disse a mãe de Naama, a médica Ayelet Levy Sashar.

MARGEM DE AÇÃO

A questão dos reféns está provocando sérias divisões internas em Israel. A maioria das famílias, obviamente, quer que o governo faça qualquer tipo de concessão para conseguir tirá-los do cativeiro – mesmo sem garantias de que o Hamas vá entregar o mais poderoso instrumento de pressão que jamais teve.

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A opinião pública está dividida entre aceitar concessões em nome da libertação das vítimas mantidas no cativeiro há quatro meses e meio e os que acham mais importante eliminar a capacidade de agressão do Hamas.

Como já era previsto, a margem de ação dada pelos Estados Unidos para Israel destruir os agressores, até onde isso fosse possível, já está se esgotando.

São questões de vida ou morte, literalmente, que se impõem pelo caráter urgente. Lamentavelmente, o 7 de outubro vai ficando mais distante e o discurso antissemita ressurge, apresentando a reação de Israel como “uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”.

O Hamas desaparece do cenário, assim como as mulheres e crianças violentadas, torturadas, mutiladas e assassinadas em Israel. O grito silencioso é expurgado da consciência dos que se consideram virtuosos e justos.

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