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Portuguesa Babel chega ao Brasil com clássicos e polêmica

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Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 ago 2018, 22h53 - Publicado em 14 mar 2011, 15h25

paulo-teixeira-pinto-verticA data foi escolhida a dedo. É nesta segunda-feira, 14 de março, aniversário do poeta Castro Alves e Dia Nacional da Poesia no Brasil, que a portuguesa Babel inaugura oficialmente as suas operações no país, com uma festa à noite no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. O braço brasileiro da terceira maior editora de Portugal inicia atividade ancorada justamente no poeta baiano, que terá relançado o seu clássico Espumas Flutuantes, além do poeta Fernando Pessoa e de Padre Antônio Vieira. Mas não apenas de poesia é feito o início das operações da editora no país: há uma polêmica envolvendo o grupo de mídia Ongoing, investigado pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de ter mais capital estrangeiro que o permitido (leia mais abaixo).

A Babel brasileira abre suas portas com um investimento inicial de 6 milhões de reais e o escritor Luiz Ruffato como curador editorial, com a função de garimpar novos talentos. Editora que publica o maranhense Ferreira Gullar em Portugal, a Babel nasceu há pouco mais de um ano da fusão de selos e editoras como Guimarães, Verbo e Ulisseia. No mercado luso, ela atua com nove selos, que somam cerca de 4.500 títulos. Aqui, sob a direção de Rui Gomes Araújo e Nuno Barros, pode publicar até cem livros por ano, apesar da pequena disposição do brasileiro para a leitura.

“A Babel olha para os riscos como desafios”, diz o presidente do grupo, Paulo Teixeira Pinto, executivo que já dirigiu o BCP (Banco Comercial Português) e ocupou cargos no primeiro escalão do governo daquele país e é presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (Apel). De Padre António Vieira, a Babel republicará Índice das Coisas Mais Notáveis. De Pessoa, o poeta maior lusitano, sairão edições clonadas do original do clássico Mensagem. Espumas Flutuantes também será particular: a editora vai relançar a primeira edição, de 1870, do título de Castro Alves.

Polêmica – A Babel tem entre seus sócios e investidores o grupo de mídia Ongoing, dono de parte da Ejesa (Empresa Jornalística Econômico S.A.), empresa que edita o Brasil Econômico. O  jornal é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de ter mais capital estrangeiro que o permitido – por lei, empresas de comunicação brasileiras podem ter até 30% de capital externo. O Ongoing ainda tem relação com o ex-ministro José Dirceu. Ele é colunista do Brasil Econômico e sua namorada, Evanise Santos, diretora de marketing da Ejesa.

Teixeira Pinto minimiza a questão. “A Babel é uma editora. Lida exclusivamente com livros e autores. E não tem nenhuma opção política”, diz. “No Brasil, é uma empresa brasileira que cumprirá escrupulosamente as regras do país.”

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Outros representantes do mercado também evitam polêmica. “O mercado comporta novas editoras, mesmo que o espaço de cada uma seja disputada a cotoveladas”, diz Sergio Machado, diretor editorial da Record. “Quando o MinC celebrou o novo acordo ortográfico houve quem acreditasse que iríamos (as editoras brasileiras) invadir Portugal. Pelo jeito, não deu muito certo. Eles é que estão vindo com tudo”. Companhia das Letras e Cosac Naify não se pronunciaram.

Maria Carolina Maia e Rodrigo Levino

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