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Pelo filho, psicanalista Betty Milan faz a sua autoanálise

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Por Simone Costa
Atualizado em 5 jun 2024, 11h22 - Publicado em 11 Maio 2013, 09h47

“Se é para ficar assim calado, vai embora”, disse a mãe ao filho de quase 30 anos que queria apenas dividir a casa, não os sentimentos. Ele se levantou, a encarou, fez como se fosse quebrar o computador dela, então virou-se e, de costas, retrucou: “Vê se não me telefona e não me escreve”. Passaram-se dias, semanas e ele seguiu sem dar notícias, deixando para trás uma mãe angustiada. Se não iria procurá-lo, ela precisava, de alguma maneira, desaguar o turbilhão de emoções que sentia. Resolveu, então, escrever-lhe uma carta que, no entanto, não tinha intenção de enviar. Assim nasceu Carta ao Filho – Ninguém Ensina a Ser Mãe (Record, 160 páginas, 29,90 reais), o 22º livro da psicanalista e escritora Betty Milan.

“Comecei a carta porque escrever era um modo de estar com meu filho. Não pensava em transmitir isso ou aquilo. Escrevia livremente sobre ele, sobre mim, sem a intenção de publicar. Mas o texto foi tomando fôlego”, disse Betty Milan ao blog VEJA Meus Livros. Segundo ela, três questões saltaram aos olhos enquanto escrevia: ela se deu conta de que não existe um modelo de mãe a ser seguido; de que precisava ouvir o filho, já que cada um é um ser único; e de, para cuidar de uma pessoa, às vezes é preciso abrir mão dela – o que a psicanalista explica na entrevista abaixo.

O resultado de Carta ao Filho é um relato profundo de uma mãe a um filho. Apesar de o título remeter ao emblemático Carta ao Pai, de Franz Kafka, o livro não é um acerto de contas como o que o autor checo busca fazer com o pai autoritário. Betty não repreende o filho, tampouco se culpa demais pelo que passou. O que faz é tentar compreender-se como mãe, ao mesmo tempo em que parece querer mostrar ao filho que ela não nasceu nesse papel, precisou – e precisa – aprender diariamente a função. Ressalta ainda que antes de ser mãe era uma mulher com a própria história de vida e continua sendo. Para que o filho, o cineasta Mathias Mangin, compreenda a mãe que ela é, a psicanalista construiu uma narrativa em que o toma pela mão e percorre com ele a sua trajetória.

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