Emily Giffin: ‘As mulheres entendem mais de relacionamento’
Meire Kusumoto Para a escritora americana Emily Giffin, que participou da Bienal do Livro no último sábado, o rótulo de “chick lit” (“literatura de meninas”) que seus livros recebem cairia por terra se fossem desconsideradas as suas capas e as ações de marketing feitas para promovê-los. As editoras, interessadas em pegar carona em casos de […]

Para a escritora americana Emily Giffin, que participou da Bienal do Livro no último sábado, o rótulo de “chick lit” (“literatura de meninas”) que seus livros recebem cairia por terra se fossem desconsideradas as suas capas e as ações de marketing feitas para promovê-los. As editoras, interessadas em pegar carona em casos de sucessos como Meg Cabot (O Diário da Princesa) e Marian Keyes (Melancia), embrulharam os títulos de Emily, nos Estados Unidos e em outros países onde foram lançados, com a mesma embalagem cor-de-rosa.
Emily Giffin prefere dizer que escreve não sobre mulheres e meninas, mas sobre relacionamentos. No entanto, como entende que as mulheres compreendem melhor esse campo do que os homens, inevitavelmente seus romances são narrados por um personagem feminino. “Em geral, prefiro livros com mais substância e gravidade, que não sejam tão leves e frívolos. Por isso, penso que meus livros não são chick lit, porque eles têm mais substância”, defende. “Meus livros falam sobre coisas importantes como casamento e a maternidade, não sobre fazer compras ou sair para beber em bares caros. Eles falam da vida, de relacionamentos e de problemas reais.” Além disso, diz, as mulheres que cria para as suas histórias são autênticas. “Acho que tenho uma conexão com as mulheres, crio empatia ao olhar sempre para os dois lados da história e perceber o que as pessoas estão pensando ou sentindo. Por isso acredito que consigo criar personagens autênticas.”