Como resolver um enigma de Agatha Christie? Eis a fórmula
A escritora britânica Agatha Christie (Hulton Archive/Getty Images) Autora de dezenas de livros de mistério, Agatha Christie (1890-1976) foi apelidada carinhosamente pelos seus fãs de a Rainha do Crime. Seus romances com personagens enigmáticos, pistas confusas e inúmeras reviravoltas vêm confundindo leitores há décadas – mas um grupo de pesquisadores acredita ter encontrado uma fórmula […]

A escritora britânica Agatha Christie (Hulton Archive/Getty Images)
Autora de dezenas de livros de mistério, Agatha Christie (1890-1976) foi apelidada carinhosamente pelos seus fãs de a Rainha do Crime. Seus romances com personagens enigmáticos, pistas confusas e inúmeras reviravoltas vêm confundindo leitores há décadas – mas um grupo de pesquisadores acredita ter encontrado uma fórmula eficaz para desvendar os crimes inventados por Agatha. E, surpreendentemente, é uma fórmula simples, dizem os estudiosos.
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Um Poirot digno de Agatha Christie
Segundo o jornal britânico The Telegraph, a pesquisa foi encomendada pelo canal Drama, da rede britânica UKTV, para comemorar os 125 anos de nascimento de Agatha. Pesquisadores analisaram 26 livros da escritora, entre eles Assassinato no Expresso do Oriente e Morte no Nilo. O estudo constatou que o culpado pelo crime é sempre apresentado na primeira metade dos romances e geralmente está envolvido emocionalmente com a vítima, sendo seu companheiro ou parente de sangue.
Eles também afirmam que se há muitos carros na história, o assassino provavelmente é do sexo feminino. Já se há prevalência de veículos aquáticos, o criminoso deve ser do sexo masculino. Se a vítima foi estrangulada, seu assassino tem mais chances de ser homem. Se a história se passa em uma casa de campo, há 75% de chance de que o autor do crime seja mulher.
A linguagem empregada por Agatha tende a ser mais negativa quando trata de crimes cometidos por mulheres, que são geralmente descobertos por causa de um item doméstico. Os criminosos do sexo masculino, por sua vez, são normalmente descobertos com o uso de informações ou por lógica.
Se o detetive que está cuidando do caso é o belga Hercule Poirot e a vítima foi morta a facadas, o assassino será mencionado mais vezes no começo do livro. Já se a detetive em questão é Miss Marple e o motivo do assassinato envolve dinheiro ou um caso extraconjugal, o criminoso será mencionado mais vezes no final do romance do que no começo.
O estudo também identificou que os romances de Agatha seguem um padrão similar em questão de estrutura. Primeiro um corpo é encontrado, depois um grupo de personagens é apresentado antes de o narrador inserir o detetive na história.