
Jennifer Egan é como seus livros: correta. Com 49 anos e um Pulitzer no currículo, obtido com o livro A Visita Cruel do Tempo, em 2011, a escritora americana se senta ereta para falar de modo articulado sobre uma de suas maiores preocupações: os efeitos da tecnologia na vida das pessoas. Uma preocupação tão constante em sua fala e em seu trabalho que chega a cansar a ela mesma. “Pessoalmente, fico entediada comigo mesma por me sentir tão ameaçada pela tecnologia.”
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A ameaça que Jennifer vê na tecnologia, fobia compartilhada pelo colega Jonathan Franzen, é dirigida aos livros. Para ela, ler torna as pessoas mais inteligentes e a tecnologia pode afastá-las dos livros. Essa sugestão está em A Visita Cruel do Tempo. No livro, o avanço da tecnologia distancia as pessoas da verdadeira arte. Num capítulo que se passa por volta de 2030, as pessoas são levadas a gostar de determinado tipo de música por crianças, que dispõem de uma espécie de controle remoto para dar seu feedback sobre as canções que escutam e assim guiar os lançamentos.
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