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Por Coluna
A verdade por trás de manchetes falsas que se espalham pela internet. Editado por João Pedroso de Campos.
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Governo não determinou bloqueio do WhatsApp para dificultar greve

Boato compartilhado no aplicativo de mensagens afirma que ideia seria impedir comunicação entre caminhoneiros e que bloqueio se daria por atualização do app

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 Maio 2018, 21h39 - Publicado em 28 Maio 2018, 21h38

O WhatsApp é um dos principais meios de mobilização dos caminhoneiros que estão em greve há oito dias, obstruindo rodovias contra o aumento no preço do óleo diesel e levando ao desabastecendo de cidades no país inteiro. Diante disso, não demorou até que alguma mente ociosa inventasse que o governo determinou a suspensão do aplicativo de mensagens para dificultar a comunicação entre os profissionais da categoria.

Segundo a lorota, WhatsApp será paralisado a partir das 23h, por meio de uma atualização do aplicativo solicitada ao próprio usuário. Bastaria clicar em “atualizar” e pronto, o estimado “zap” seria calado.

(Reprodução/Reprodução)

O boato sobre a suspensão do WhatsApp esbarra em dois pontos, que o reduzem a pó:

1) Por mais que o presidente Michel Temer tivesse a ideia maquiavélica de sufocar a greve por falta de comunicação, ele não poderia pura e simplesmente determinar a suspensão do aplicativo de mensagens. A opção, em um ato extremo, seria pedir à Justiça o bloqueio do WhatsApp, à qual caberia decidir sobre a solicitação, suspendendo ou não o serviço.

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Nos bloqueios recentes do aplicativo do Brasil, em 2016, juízes de primeira instância levaram em conta e deram razão a pedidos da Polícia Federal, segundo os quais o Facebook, que controla o WhatsApp, recusou-se a fornecer dados do aplicativo em investigações sobre tráfico de drogas.

Mesmo que o governo, ressalte-se, em uma medida extrema, pedisse a suspensão do aplicativo e conseguisse uma improvável vitória na Justiça, a medida provavelmente não levaria os caminhoneiros de volta às suas casas. É verdade que os populosos grupos do “zap” seriam inviabilizados, mas os grevistas poderiam se comunicar por meio de rádios, como têm feito há tempos, desde antes do invento do aplicativo.

2) O outro problema na versão disseminada pelo boato é o de que a suspensão se daria por meio de uma atualização do WhatsApp. Não é assim que funciona. Quando a Justiça determinou o bloqueio do aplicativo, as operadoras de telefonia celular foram notificadas sobre a ordem judicial e obrigadas a interromper o acesso a ele. Simples assim.

Não acredite, portanto, em tudo que lê sobre o WhatsApp no WhatsApp.

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