O presidente Jair Bolsonaro tanto fez, tanto fez, tanto fez contra a democracia durante as eleições que conseguiu ser investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de Alexandre de Moraes.
Sob a batuta do corregedor-geral eleitoral – ministro Benedito Gonçalves -, a corte primeiramente abriu uma apuração porque o líder da extrema-direita lançou dúvida sobre o resultado do pleito.
Trata-se de um caso que vai tentar entender porque o mandatário tentou trazer um sentimento de insegurança e descrença ao sistema eleitoral, ferindo – de certa forma – o próprio Estado Democrático de Direito.
Depois, Gonçalves ainda fez questão de abrir uma investigação por suposta prática de abuso de poder político e econômico. É uma forma de tentar compreender se houve ilegalidade naquelas medidas de última hora que usaram o Auxílio Brasil para ganhar o que? Votos.
“Os fatos narrados se amoldam, em tese, ao uso indevido de meios de comunicação e ao abuso de poder político, especialmente consideradas as balizas fixadas pelo TSE”, explica Gonçalves, que é ligado a Moraes e foi muito elogiado por sua conduta no pleito.
A decisão é uma forte sinalização a Bolsonaro, que está prestes a ficar sem mandato – algo que não acontecia desde 1989, quando foi eleito vereador.
Após os duros recados do próprio Alexandre de Moraes na diplomação de Lula e o fato de que o pedido das duas investigações contra Bolsonaro são do PT, o presidente do Brasil nos próximos 16 dias deveria colocar as barbas de molho.