
No retorno à sua live semanal nesta terça, 24, Lula mudou o tom em relação ao Hamas, o grupo terrorista que atacou Israel, gerando violenta retaliação do governo Benjamin Netanyahu contra a Faixa de Gaza.
Os dois lados perderam inocentes, mulheres grávidas, idosos e crianças, pressionando chefes de estado ao redor do mundo a se posicionarem. Com o presidente brasileiro, não foi diferente.
E Lula finalmente cedeu.
“Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade”, disse o chefe do executivo.
Como bem lembrou Amanda Péchy, de VEJA, o presidente já havia chamado o ataque contra Israel, em 7 de outubro, de terrorista. Somente há quatro dias, entretanto, associou a definição correta ao grupo islâmico pela primeira vez.
Não foi por acaso, segundo apurou a coluna.
Nesse meio tempo, o PT, partido do presidente, ficou pressionado, soltou nota que levou à reclamação do embaixador de Israel no Brasil e mostrou, mais uma vez, que se incomoda em ficar ao lado de Israel contra a Palestina.
O Hamas foi aquele que parabenizou Lula quando o petista venceu Bolsonaro nas eleições de 2022. O ex-presidente extremista, percebendo a oportunidade, usou suas poderosas redes sociais para associar um ao outro.
Assim, a oposição foi pressionando Lula a fazer essa mudança de rota em seus posicionamentos públicos sobre a guerra Israel-Hamas, que tem espantado o mundo com crueldade de lado a lado.