Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

Por que a não demissão de Carlos Lupi indica derrocada para Lula

Permanência de ministro evidencia o esvaziamento político do Planalto

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 Maio 2025, 10h20

Muito se falou sobre a perda da relevância política do Poder Executivo por ocasião da recusa do líder do União Brasil na Câmara, deputado federal Pedro Lucas (MA), em assumir o ministério das Comunicações. Até aí, zero surpresa, pois agora mais valem as emendas ao Orçamento do que a raquítica verba discricionária da pasta. Há, porém, outro episódio ilustrativo da derrocada do prestígio da Esplanada – a permanência de Carlos Lupi no cargo.

O ministério da Previdência Social parece ter tão pouca serventia atualmente, do ponto de vista do cálculo político – a não ser para colaborar com golpes e fraudes –, que não compensa o trabalho de demitir Lupi: além do desgaste com o nanico PDT, ainda há o risco de novo vexame, caso o contemplado com a vaga venha a esnobá-la.

Quando tinham grandes poderes, os ministérios atraíam o que havia de “melhor” (no mau sentido da palavra) entre os políticos mais graúdos. Se apanhados em mal-feitos, tinham de sair, contritos e constrangidos, ainda que hipocritamente. Por muito menos, em 2011, como se sabe, o próprio Lupi foi varrido do ministério do Trabalho, em uma das faxinas de Dilma Rousseff.

Neste terceiro mandato de Lula, entretanto, o governo vai aguentando, não só o encargo da não demissão de Lupi (embora, aparentemente, ninguém pasme com isso), como também as bravatas dele – que parece verdadeiramente indignado pelo flagrante do crime sob suas barbas.

E, assim, entre a omissão e o conformismo, o Executivo assina embaixo da própria irrelevância: já não governa com autoridade, apenas administra os restos de um poder simbólico, acenando com cargos que ninguém quer e tolerando escândalos que outrora provocariam exonerações sumárias.

Ao manter Carlos Lupi onde está, mais do que aceitar a decomposição da própria força, o Planalto a legitima.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.