
Monitoramento da Quaest comprovou que a Operação Escudo – realizada pela Polícia Militar na Baixada Santista – gerou muito mais menções negativas nas redes sociais, deixando manchas substanciais na imagem do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Para se ter uma ideia, o caso é comparável ao escândalo das joias das Arábias, envolvendo o padrinho político do chefe do estado paulista, Jair Bolsonaro.
É o que confirmou à coluna o cientista político Felipe Nunes, responsável pelas pesquisas do instituto.
“As operações deixarão manchas na imagem do governador de São Paulo. O volume de menções negativas é comparável ao que observamos no episódio das joias do ex-presidente”, disse.
Segundo a Quaest, a operação policial iniciada após o brutal assassinato do soldado Patrick Bastos Reis – e cuja a reação do Estado contra criminosos levou à morte de pelo menos 16 pessoas, com acusações de terríveis abusos – teve 227 mil menções nas redes sociais, sendo 81% delas negativas.
O caso das joias envolvendo o líder da extrema-direita acabou tendo 295 mil menções, com mais de 60% delas sendo negativas. A falsificação do cartão de vacinas – um outro exemplo – teve 464 mil, sendo 81% delas ruins também para Bolsonaro.
Para se ter apenas um outro parâmetro de comparação, a Quaest monitorou alguns momentos do governo Lula, como a votação do arcabouço fiscal no Congresso e a comemoração dos 100 dias da gestão petista. A primeira teve 301 mil, com 47% de menções negativas. Já a segunda, 220 mil com 33% delas ruins.