O Brasil precisa urgentemente levar mais a sério a preparação do país para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.
O Rio – na madrugada desta segunda, 6 – enfrentou a invasão das águas nos bairros mais nobres da orla. São Paulo está no quarto dia de crise de abastecimento elétrico por causa da ventania fora do comum.
São as duas maiores cidades do país.
A região Sul teve seguidas inundações enquanto os rios da Amazônia foram sumindo.
São cenas inesperadas e assustadoras.
Especialistas dizem que é efeito do El Niño – mas são esses mesmos especialistas que dizem que tudo está ficando mais grave e mais intenso por causa das mudanças climáticas.
Quem achava que era preciso se prevenir para o futuro de elevação do nível do mar – ou secas e chuvas extremas – está vendo tudo acontecer ao mesmo tempo.
Enquanto isso, o Congresso Nacional discute se a Mata Atlântica deve ser protegida ou não, se deve ser flexibilizado ainda mais o uso de agrotóxicos e projetos que colocam em risco a proteção da Amazônia.
O tempo está mudando agora e o Brasil precisa pensar em medidas de emergência e de proteção – políticas de mitigação, preparação dos espaços urbanos ou adaptação aos efeitos irreversíveis.
O tempo está avisando em 2023 que a hora é agora.