Existe uma máxima conhecida em Brasília.
Se tem que explicar muito alguma medida do governo, pacote de cortes de gastos ou bondades no Imposto de Renda, por exemplo, é porque houve algum problema na comunicação.
Nesta sexta-feira, 29, Fernando Haddad voltou a tratar do tema afirmando que o tão esperado (e atrasado) pacote, motriz de tanto ruído no mercado, “não é um gran finale” para a questão fiscal do país.
O ministro da Fazenda continuou: “daqui a 3 meses pode ser que eu tenha que entrar de novo na planilha, discutindo a evolução da Previdência, a evolução do BPC”. Diz que pode “corrigir distorções” e “abrir o ano legislativo com medidas corretivas”.
Complicado. Parece desespero.
Demoraram dois meses para fazer um anúncio que elevou o dólar ao maior patamar da história para depois dizer que, em três meses, podem anunciar outro plano para tirar o país da UTI do déficit público, que dura 10 anos. E olha que, como a coluna mostrou, a ala política trouxe muito problema para a ala econômica do governo.
Mas é ou não é uma semana problemática na comunicação do governo Lula-3?
Conseguiram até tirar o plano golpista e homicida feito por Jair Bolsonaro e o núcleo principal do ex-governo, segundo a Polícia Federal, das manchetes.