
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, deu um passo atrás na disputa política com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no que diz respeito à exploração da margem equatorial pela estatal.
Em entrevista ao Valor Econômico, ele afirmou que “o novo Ibama é melhor e mais consciente”. “Não sou eu que vou dizer que o Ibama não serve, ou que está fazendo mal ao país”, disse.
Jean Paul Prates está no centro de uma crise que começou por conta da negativa do órgão para uma perfuração na costa do Amapá, a mais de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas.
Agora, cerca de 20 dias depois do início da queda de braço, o presidente da estatal do petróleo afirma que teve uma conversa de “ambientalista para ambientalista” com Marina Silva, já que diz ter mestrado em “gestão ambiental”.
Sobre a exploração da margem equatorial, Prates afirmou que as bacias sedimentares vão do Rio Grande do Norte ao Amapá e que, na conversa com Marina, perguntou se não era possível dar garantias para uma “perfuração prospectiva do poço”. É que a Petrobras fez outro pedido ao Ibama, após ter o primeiro negado.