
O ex-presidente Jair Bolsonaro – fora do hospital há apenas três dias após mais uma cirurgia na região abdominal – aproveitou sua primeira aparição pública para mandar um forte recado para o Supremo Tribunal Federal.
Após receber uma intimação na UTI, erro crasso da corte, o líder da extrema-direita resolveu responder com o fígado dizendo aos 11 colegas de toga do tribunal que “ninguém tem que se meter” com qualquer anistia dada pelo Congresso.
“A anistia é um ato político e privativo do Parlamento brasileiro. O Parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada. Tem que cumprir a vontade do Parlamento que representa a vontade da maioria do povo brasileiro”, afirmou o ex-presidente numa clara mensagem à corte, que já sinalizou ser inconstitucional o projeto que promete perdão aos golpistas do 8 de janeiro.
Defensor dos horrores da ditadura militar e acusado de liderar uma tentativa de golpe no Brasil em um processo com fartas provas, o político fingiu mais uma vez ser um defensor da democracia na narrativa aos seus seguidores.
“Não vamos perder a esperança. Vamos continuar lutando. Não vamos abaixar a cabeça para ninguém. Se queremos democracia, liberdade e uma pátria melhor, todos nós somos responsáveis pelo futuro do nosso país”, disse.
A aparição de Jair Bolsonaro foi em uma manifestação pró-anistia aos encarcerados pela destruição da sede dos Três Poderes. O ato foi realizada em Brasília na tarde desta quarta, 7. O evento – esvaziado, na avaliação da coluna – não deve ter efeito prática na tramitação do projeto.