
A avaliação interna no governo Lula é de que o partido democrata ganhou fôlego enorme nas eleições americanas com a desistência de Joe Biden de enfrentar novamente Donald Trump na disputa pela Casa Branca.
Em entrevista a agências internacionais, o presidente foi econômico em suas palavras sobre a importância da troca do candidato, já que mantinha uma boa relação com Biden.
Preferiu afagar o presidente americano, duramente criticado nas últimas semanas.
“Eu fiquei muito feliz quando o presidente Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele. Somente ele poderia decidir se iria ou não ser candidato”, afirmou Lula.
Mesmo a possível substituição por Kamala Harris, e a novidade de uma mulher negra na corrida contra Trump, não fez o presidente comemorar publicamente. Segundo o Palácio do Planalto, Lula desejou em declaração às agências Reuters, Bloomberg, France Press e Associated Press que “o melhor vença as eleições”
Agora, eles vão escolher uma candidata ou um candidato e que o melhor vença a eleição. A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la”, disse o presidente.
Internamente, contudo, segundo apurou a coluna, a cúpula do governo comemorou muito a possibilidade de Kamala Harris assumir a corrida contra Donald Trump, que ganhou ainda mais musculatura política após o terrível atentado há pouco mais de uma semana.
Hoje vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala mudou completamente a cobertura da imprensa que estava dominada por Trump e sua retórica perfeita após o atentado. No Palácio do Planalto, comenta-se que é a única chance de tirar a vitória da extrema-direita nos EUA.