A eleição primária na Venezuela – com a vitória da liberal María Corina Machado na semana passada – foi um primeiro passo importantíssimo para a derrubada do regime chavista e a busca pela redemocratização do país.
Isso quer dizer que vai acontecer? Depende. De muitas coisas. Mas o primeiro desafio foi vencido.
A tarefa de fazer as primárias – bem antes de a eleição presidencial de 2024 – representou um grande desafio não só pelas limitações financeiras na realização da consulta, mas também pelo agravamento dos desentendimentos entre as diferentes facções da oposição venezuelana.
Essa é a descrição do jornalista Juan Manual Trak sobre as últimas semanas, nas quais se pretende escolher um único candidato para a oposição venezuelana.
Mas a questão fundamental é a de “resgatar o valor do voto, oferecendo uma oportunidade para chegar a um acordo sobre um ‘projeto básico comum de democratização”. Isso quem falou foi a professora de ciência política Maria Puerta Riera.
E, claro, é o mais importante.
A professora ainda explica que os partidos de oposição e a sociedade civil têm uma tarefa de dimensões complexas e sob constante “ameaça do setor oficial”.
É verdade, o regime mantido por Nicolas Maduro tem o controle e fará de tudo para evitar a redemocratização do país. Mas um primeiro passo – e importante – já foi dado.