Matheus Leitão

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Brasil

O novo alerta sobre a desigualdade em São Paulo, diz pesquisa

Índice do Capitalismo Humanista caiu 10%. Dados inéditos mostram queda nos principais indicadores e crise de confiança em empresas, bancos e governo

Por Matheus Leitão SEGUIR SEGUINDO 3 jun 2025, 20h00

Cracolândia SP — Os usuários de drogas que ocupavam a Praça Princesa Isabel migraram para a Alameda Cleveland, em frente à estação Júlio Prestes da CPTM - 23/06/2017 (Rovena rosa/Agência Brasil)

O Índice do Capitalismo Humanista (iCapH), referência para medir a percepção de bem-estar econômico na capital paulista, caiu 10% em um ano e atingiu 4.517 pontos – seu pior resultado desde 2019. O índice, reconhecido como instrumento de utilidade pública pela Lei Municipal nº 17.481/2020, serve como base para orientar políticas públicas e monitorar o impacto social e econômico de decisões governamentais e empresariais.

A coluna teve acesso ao relatório de 2025, que será divulgado oficialmente no Diário Oficial da cidade de São Paulo apenas em 28 de junho. A pesquisa ouviu 623 moradores da capital em 17 e 18 de maio deste ano.

O índice mostra queda em todos os 12 fatores constitucionais que compõem o índice, como valorização do trabalho humano (-16%), redução das desigualdades regionais e sociais (-11%) e propriedade privada (-20%).

Segundo Ricardo Sayeg, professor da PUC-SP e presidente do Instituto do Capitalismo Humanista, explica que “os indicadores pioraram, e a taxa de confiança do governo, dos bancos e das empresas no bem-estar da população de São Paulo está péssima”.

“Os resultados do iCapH 2025 escancaram a crise de confiança nas instituições e a necessidade urgente de políticas públicas que priorizem a inclusão e a redução das desigualdades”, diz Sayeg. “O Capitalismo Humanista busca justamente isso: integrar governo, empresas e sociedade civil na edificação de um desenvolvimento verdadeiramente inclusivo”, afirma o professor.