
Ao pedir na semana passada uma pena de apenas um ano e meio para a cabeleireira Débora Rodrigues, a mulher que escreveu “perdeu, mané” com batom na estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux já havia “declarado guerra” a Alexandre de Moraes na corte.
Afinal, o colega de toga do onipresente “xerife do STF” aprofundou de forma abissal a divergência dele com Alexandre Moraes, que a condenou por 14 anos.
Débora Rodrigues saiu do seu estado para Brasília com a ideia fixa de pedir por uma intervenção militar. Passou algum tempo nos acampamentos em frente aos quartéis. Não foi só um batom em uma escultura. Foi muito mais do que isso.
A ideia de todo o grupo era quebrar a sede dos três poderes para criar o caos e permitir o golpe orquestrado por Bolsonaro, ex-ministros de estados e generais, segundo a investigação da trama golpista.
Se a pena deve ser um meio termo entre esses lados opostos do STF, que seja. Eles são os juristas escolhidos para as 11 cadeiras do STF, mas de fato não foi um “passeio no parque”.
Fux, contudo, mais uma vez mostrou sua contrariedade com Moraes ao votar pela soltura do ex-presidente Fernando Collor, juntando-se a Gilmar Mendes, Nunes Marques e ao ministro pastor André Mendonça.
Segundo a coluna apurou, Fux atua e atuará nos bastidores para tentar ser o antagonista de Alexandre de Moraes nos próximos anos. E isso ficará claro – bem claro, na verdade – durante todo julgamento intentona de Bolsonaro contra a democracia na primeira turma do STF. Aguardem e podem me cobrar, leitores.