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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O jeito peculiar de Geraldo Alckmin de cobrar Bolsonaro e ajudar Lula

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 nov 2022, 10h39 - Publicado em 15 nov 2022, 10h38

Através do seu jeito todo peculiar, Geraldo Alckmin tem conseguido colocar a política brasileira em outro timbre após os quatro anos de governo Jair Bolsonaro.

Quantos bemóis ou sustenidos existem para se mudar o tom na política?

É que, depois de quatro anos de impropérios da extrema-direita, a monotonia Alckmista parece até melodia aos ouvidos dos jornalistas, da sociedade civil – em meio a esse raivoso espírito do tempo.

Chefe do escritório de transição, o vice-presidente eleito concedeu nesta segunda, 14, mais uma coletiva na qual deu novas informações sobre o governo eleito.

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Em meio a ela, pediu – com toda educação do mundo – “que os relatórios do Prodes Amazônia e Prodes Cerrado, de agosto de 2021 a julho de 2022 sejam enviados para analisar as informações e tomar as medidas necessárias para os planos imediatos”. Depois, completou: “os números já existem, mas não estão sendo divulgados”.

A ideia inicial é dar a Lula, o presidente eleito, subsídios para sua aparição mais que esperada na COP-27, a conferência do clima.

O que Alckmin fez foi exigir os dados do desmatamento e reclamar do “velho” governo, mas do seu jeito. Sem levantar a voz, sem gritar, sem esbravejar, sem deseducar.

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Enfim, Bolsonaro ainda nem respondeu, nem o ministro-chefe Ciro Nogueira. Os dados estão prontos, mas o governo não divulga. Vamos esperar.

Mas, mesmo dentro do PT, há quem avalie que Alckmin ajuda com toda sua forma peculiar de fazer política. Não força a barra, não vai adiante do que pode ir como vice-presidente eleito. Dá uma sugestão, mas não pressiona.

Até aqui, o que Alckmin faz é sempre conceder a chance para que a decisão final fique com o presidente Lula. Ele não tenta ocupar espaço. Sim, teve influência na formação da equipe de transição, mas não impôs seus nomes.

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E, assim, o Brasil vai voltando à normalidade, e até a uma certa calmaria. O que, após os últimos quatro anos, vai parecendo música aos nossos ouvidos.

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