
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, deu um importante recado na Flipetropólis, o encantador festival literário realizado na cidade imperial neste fim de semana.
Respondendo ao jornalista e escritor Jamil Chade sobre o avanço dos direitos civis no Brasil, a magistrada olhou para o público e disse, parecendo em um primeiro momento criticar a própria STF: “Direito se reivindica, se conquista e se exerce. Não imaginem, e falo como cidadã e como juíza constitucional, que o Supremo Tribunal Federal vai entregar de presente nunca, porque nós somos, inclusive, órgão de um poder inerte, que só pode atuar quando for acionado”.
Sem citar o inquérito que apura notícias falsas e agressões contra a corte, aberto de ofício em 2019 em um momento dramático da nossa democracia, Cármen Lúcia emendou o raciocínio: “e é ótimo que assim seja, porque ninguém pode resolver que o fulano não tem direito e o outro tem, sem ser acionado e sem que tenha a garantia de um devido processo legal com advogados para atuarem e comprovarem que os interesses são opostos e que os direitos têm que prevalecer”.
Para a ministra Cármen Lúcia, “se faça sempre a luz a iluminar a humanidade pelo modelo de que é preciso lutar por direitos sempre, todo dia”, disse, lançando o livro “direito de para todos”! Hoje única ministra do STF, Carmen falou e disse.