O dia mais agitado dessa eleição, na véspera do voto, terminou com o candidato Pablo Marçal cercado por várias decisões judiciais, policiais e políticas contra a mentira que ele construiu com um volume impressionante de falsificações.
Mas o ex-coach termina o dia em situação complicada.
A Justiça Eleitoral em primeira e segunda instância agiu contra ele. Primeiro, o juiz Rodrigo Colombini mandou-o tirar do ar os vídeos das redes sociais. Depois, o juiz Rodrigo Capez suspendeu o perfil dele no instagram.
Marçal criou outra conta, recebeu uma advertência e uma punição que pode deixá-lo sem redes no segundo turno, se ficar comprovado que o ex-coach fez a segunda conta para desrespeitar a decisão da Justiça.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu 24 horas para ele se explicar por que estava usando o X, ainda suspenso no Brasil, impulsionando a fake news.
Sua mentira foi desmontada ponto a ponto por depoimentos importantes como da filha do médico cujo nome Marçal usou para “assinar” o laudo fraudulento contra Guilherme Boulos.
O profissional da saúde já morreu, sua assinatura é totalmente diferente e a filha tem a assinatura do pai tatuada no corpo para comprovar.
Na parte policial enfrentou investigação aberta pela Polícia Civil. O laudo do Instituto de Criminalística comprovou que o documento contra Boulos era forjado. Isso sem falar na Polícia Federal que mandou para Alexandre de Moraes a comprovação de que ele usava o X.
Ao fim vieram as reações políticas. Marçal foi criticado pelo campo bolsonarista. O governador Tarcísio de Freitas disse que ele deveria estar preso. Bolsonaro afirmou que parecia fraude. Os outros candidatos, de todos os campos políticos, se solidarizaram com Boulos.
Tudo isso impedirá que a mentira dele tenha resultado?
Isso só as urnas dirão, mas foi a primeira vez que a Justiça agiu de forma mais eficiente e coordenada contra o ex-coach e suas mentiras.