Foi mais do que trabalho nos últimos anos. O dia a dia do governo Bolsonaro parecia uma batalha. A cada momento uma frase que feria valores que são meus, que são dos leitores dessa coluna e que são universais.
Se fossem só as frases.
Mas havia os atos. E havia as omissões. As cenas que vimos neste fim de semana do povo Yanomami trazem a marca da omissão do Estado
Houve dias estafantes porque nós, jornalistas, tínhamos que escrever sobre sucessivos fatos revoltantes. E muitas vezes com o vírus da Covid-19 em torno de nós ou até mesmo dentro de nós.
Houve de tudo. O horror contra os povos indígenas – os Yanomamis – mas também contra o Meio Ambiente, a Cultura, a Ciência, as mulheres, os direitos humanos, as minorias, os negros.
Houve também a política externa às avessas da extrema-direita, que nos envergonhou perante o mundo.
Foram horrores sucessivos, nas mais diversas áreas.
O governo Bolsonaro é passado. Mas as mazelas do Brasil precisarão ser enfrentadas e isso exigirá forças renovadas. Não apenas do governo. Mas de cada um de nós.
De minha parte, depois de fugir de férias nos últimos anos, tiro alguns dias de descanso. Sei que de longe vou pensar melhor em tudo o que nos aconteceu nesses anos difíceis, e me preparar para os próximos.
Querida leitora, caro leitor, vou descansar e já volto.