Jair Bolsonaro pode espernear, chorar, criar narrativas mentirosas e até brigar, mas já sabe que é hoje o alvo número 1 da Polícia Federal.
Investigado em várias frentes – de fraude em cartão de vacina a mentoria dos atos terroristas de 8 de janeiro –, o ex-presidente viu sua casa ser revirada por policiais na manhã desta quarta, 3.
O celular, que ele diz não ter senha por não ter nada a esconder, foi levado para ser periciado pela instituição.
Irritado, como informou a coluna, o líder da extrema direita usará a estratégia de que, mesmo se for culpado, se trata de um crime menor – adulteração de cartão de vacinas. Portanto, seria perseguição.
Não é bem assim. Longe disso, aliás.
Se a suspeita de que Bolsonaro e vários de seus auxiliares participaram de uma conspiração para fraudar um documento com fé pública, a situação pode ser bem mais grave do que o político imagina.
Fazendo isso, a “organização criminosa” investigada por Alexandre de Moraes teria violado até acordos internacionais, além de ter cometido crimes como infração de medida sanitária, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público de informação.