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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

Como a PF escancarou o surgimento do novo Marçal na política

Prefeito do interior de São Paulo tem um perfil tosco no TikTok e, ao mesmo tempo, está em esquema de fraude investigado pela polícia

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 abr 2025, 21h02 - Publicado em 10 abr 2025, 20h00

Uma operação da Polícia Federal realizada nesta quinta-feira, 10, escancarou a existência do novo Pablo Marçal da política brasileira. Trata-se do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), da cidade paulista de Sorocaba, político investigado por desvios na área da saúde. 

Antes de entrar para a página policial, no entanto, o prefeito conseguiu mídia positiva no noticiário por, supostamente, ter um perfil descolado (tosco, na realidade) no TikTok – aplicativo mais conhecido por ser usado por jovens para postarem vídeos deles mesmos dançando ou fazendo gestos repetitivos, sem nenhuma fala. 

Manga, assim como Marçal, aposta em falar nas redes, fazer bobagens e absurdos para chamar a atenção do público a qualquer custo, mesmo que seja preciso mentir a respeito de coisas óbvias. É um comportamento derivado da forma deturpada de encarar a vida, que é propagada por líderes da extrema-direita como Jair Bolsonaro e Donald Trump

Há poucos dias, o noticiário registrou que Manga anunciou sua “pré-candidatura” a presidente da República. Ou seja: mais uma mentira. Pré-candidatura a presidência da República, a essa altura do campeonato, sequer existe – ainda mais para um político que tem tantas chances de concorrer ao Planalto quanto de ser o novo secretário-geral da ONU. 

Ou seja, nenhuma. 

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Outro nome do campo bizarro-direitista, o cantor sertanejo Gusttavo Lima, também anunciou sua pré-candidatura ao Planalto após ser alvo de uma investigação criminal envolvendo o setor das “bets”, que ganham dinheiro em cima da exploração do vídeo e da doença alheia. Após emplacar a narrativa de que teria alguma viabilidade política, Lima viu o processo ser arquivado. Depois, anunciou que estava desistindo da “pré-candidatura”. 

Tudo somado, as novas tecnologias de comunicação, como os smart phones e as redes sociais, trouxeram inúmeros benefícios, como o encurtamento de distâncias e o barateamento das interações. Para a política e a democracia, no entanto, o que conseguiram fazer, até agora, foi estimular um ambiente degradado, no qual predominam a bizarrice, a mentira, a manipulação da informação e a criação de falsas celebridades e especialistas. 

Até quando ficaremos presos nesse rodamoinho que não nos leva a lugar algum? O Brasil precisa, de uma vez por todas, impor uma regulamentação às redes e acabar com a impunidade para quem manipula informação.

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