Com a volta do X, quem ganhou e quem perdeu na política
Rede social será um fator de perturbação nas eleições ou só um lugar de tráfego de notícias, informações, opiniões e coisas do tipo?
O X, ex-Twitter, volta ao Brasil em um momento crucial das eleições municipais de 2024 e da relação do país com as redes sociais.
Mais tóxica das plataformas e com menos moderação, o X retorna quando se disputa, através da política, o futuro de São Paulo, definindo finalmente o resultado do pleito de 2024.
Que campos políticos ganharam? Progressistas, conservadores? Como o centro se posicionará em 2026 diante desse resultado? O que deu certo e o o que deu errado para os dois pólos?
Todas essas perguntas serão feitas quando o país abrir as urnas no segundo turno, dia 27 de outubro.
Para onde caminhar São Paulo, imediatamente se fará a interpretação do que foram as eleições de 2024, ainda que existem outras 15 capitais em disputa. São Paulo tem um peso maior.
A vigilância democrática, então, terá que evitar que o X seja usado neste momento crucial para alavancar mentiras e fake news, que impactem a eleição.
Não há dúvida que Elon Musk sempre politizou a rede social e usou a plataforma para suas propostas e divulgação dos seus projetos políticos. Ou seja, a serviço da extrema-direita.
Na eleição norte-americana, que também vive momento decisivo neste mês de outubro, o bilionário deseja – e não esconde de ninguém – que torce por Donald Trump.
Também já colocou o X no Brasil à disposição da extrema-direita, sempre nos momentos de maior aflição e de esgarçamento do tecido democrático.
Contudo, no evento da disputa com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ficou claro que Musk precisou recuar e se submeter às leis brasileiras.
Pois agora, em meio a este momento decisivo das eleições, haverá um grande teste se ele será um fator de perturbação na eleição ou só um lugar de tráfego de notícias, informações, opiniões e coisas do tipo.
(Lembrando aos leitores da coluna – não se esqueçam que o X só se transforma em um fator desestabilizador porque o Brasil não tem regulamentação das redes sociais porque o Congresso e o presidente da Câmara, Arthur Lira, engavetaram o assunto. Existem duas ações no STF pedindo essa regulação, mas a corte tem esperado o Congresso que entrou em cima do problema e não faz o seu trabalho).