
O ato a favor de anistia aos golpistas do 8 de janeiro falhou não só ao arregimentar menos do que havia planejado Jair Bolsonaro – 45 mil pessoas quando de esperava meio milhão – e no inglês macarrônico do ex-presidente.
A pressão pela urgência do projeto na Câmara dos Deputados, principal objetivo do ato deste domingo, 6, foi por água a baixo. Hugo Motta, presidente da Casa, foi categórico ao dizer que o parlamento não é um lugar de tema único.
A ideia de tentar tirar da cadeia os bolsonaristas que destruíram a praça dos três poderes pedindo “intervenção militar” pode demorar mais do que previam a cúpula do bolsonarismo – o grupo politico que quer mesmo o perdão para o líder da extrema-direita.
Silas Malafaia, o pastor que transforma púlpito em palanque, e Sóstenes Cavalcante, seu fiel escudeiro na Câmara, fizeram de tudo para pressionar Motta com o microfone na mão e a claque na outra. Mas nada conseguiram. Ponto para o novo presidente da Câmara, que ainda não cedeu às pressões.