Pronto.
A própria Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina chamou os golpistas de extrema direita — a turma bolsonarista que não aceita o sufrágio popular 22 dias após a final da eleição — de terroristas e, pasmem, “black blocs”.
“Em quase todos os pontos, os métodos utilizados lembraram os de terroristas ou de black blocs: bombas caseiras feitas de garrafas com gasolina, rojões, óleo derramado intencionalmente na pista, ‘miguelitos’ (pregos usados para furar pneus), pedras, além de barricadas com pneus queimados, latões de lixo, e troncos de árvores cortados e jogados deliberadamente na pista”, afirmou a PRF em nota.
Ou seja, de acordo com a corporação, o grupo que protestou contra o resultado da eleição derramou óleo na pista, fez bombas caseiras que podem inclusive matar e interrompeu as pistas com todo tipo de artefato.
Mas eles mesmos, a PRF do estado, só prenderam uma pessoa desde então.
E só agiram de forma mais organizada para contê-los depois que o ministro Alexandre de Moraes resolveu que era preciso chamá-los ao bom senso do serviço público. Agora, a Polícia Rodoviária resolveu apontar inclusive que eles — os milicianos das estradas — agiam e agem de forma organizada.
O país de fato precisa saber até onde vão esses arroubos golpistas e antidemocráticos, e quem os financia. E é bom que isso aconteça ainda neste governo, e não no próximo, para evitar mais teorias conspiratórias.