
Movimentos sociais ligados ao PT têm demonstrado preocupação com as especulações sobre uma eventual troca ministerial na secretaria-geral da Presidência, que pode ou não ser a última peça no quebra-cabeça da reforma de Lula na Esplanada.
Ocupada por Márcio Macedo, um dos ministros mais próximos do presidente Lula, a pasta tem sido um ponto de contato importante com diversos grupos e organizações que mantém longo histórico de relação com o Partido dos Trabalhadores, incluindo um segmento eleitoral importante, os jovens.
Até por isso, é motivo de cobiça enorme. O deputado Guilherme Boulos é frequentemente citado como possível nome a ocupar o cargo, o que, na avaliação de algumas dessas organizações sociais, pode ser um grande problema.
Segundo apurou a coluna, a liderança exercida pelo parlamentar no grupo MTST é motivo de grande desconfiança de outros movimentos, que tem deixado isso explícito ao Palácio do Planalto. Boulos no cargo, o que até aqui não passa de especulação, geraria uma fratura nesses grupos.
Márcio Macedo, por sua vez, continua prestigiado pelo presidente. Foi o único ministro de Estado que acompanhou Lula no funeral de Pepe Mujica e com ligação forte pelos cargos ocupados no passado, como tesoureiro do PT em um momento de extrema dificuldade e da campanha de Lula em 2022.
Obviamente, que o presidente pode trocar qualquer um dos seus 38 ministros, mas esse é o quadro atual em relação à secretaria-geral da Presidência neste momento.