A suspeita do envolvimento da PM nos atos de seguidores de Bolsonaro
Ou... a negligência que ajudou os golpistas antidemocráticos
Uma importante suspeita de investigadores relacionada aos atos antidemocráticos bolsonaristas desta segunda, 12 – que vandalizaram a capital do país no dia da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva – é de que a Polícia Militar negligenciou o tempo de resposta aos fatos criminosos.
É o que apurou a coluna nesta terça, 13.
Como se sabe, a PM é uma corporação de Estado, mas politizou-se – assim como as Forças Armadas – com um viés extremista de direita por incentivo dos comandantes e do próprio Bolsonaro, que “sequestrou” as polícias.
Para esses investigadores, a suspeita é de que a chamada P2 – que é a área de inteligência da Polícia Militar – tenha atuado de alguma forma para acobertar os criminosos, já que nenhum apoiador do atual presidente que participou do quebra quebra foi preso até agora.
Ainda assim, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, garantiu que os vândalos “serão responsabilizados”. Também defendeu-se afirmando que “não é verdade que a polícia não estava presente [nas ruas]”.
Júlio Danilo confirmou, contudo, que parte da destruição de prédios públicos e privados foi perpetrada por bolsonaristas acampados no QG do Exército. Eles pedem que as Forças Armadas façam um golpe de Estado nos moldes de 1964, que jogou o país nos 21 anos de trevas da ditadura.
Integrantes do atual governo defendem as “manifestações” nos quartéis como “democráticas” e “patrióticas”.