Em meio ao novo crescimento da polarização com a chegada das eleições municipais, integrantes do primeiro escalão do governo Lula e o governador Tarcísio de Freitas atuaram de maneira conjunta contra os incêndios no estado no fim de semana.
Segundo relatos ouvidos pela coluna, o tratamento foi de muito respeito enquanto autoridades federais e do estado tentavam conter os incêndios e investigar culpados pelos crimes.
Hoje filho número um do bolsonarismo – movimento político que não dialoga com opositores -, Tarcísio tem evitado participar de eventos ao lado de Lula, mas nos bastidores consegue atuar de forma pragmática – especialmente em crises como esta.
Em julho, Lula alfinetou Tarcísio publicamente por ele não comparecer em eventos promovidos pelo governo federal em São Paulo. “Uma pena, porque o governador poderia vir com a gente, mas ele não vem em nenhum lugar que eu convido”.
“Eu duvido que o governo de São Paulo tivesse conseguido aprovar 12 bilhões do BNDES com o outro governo, ele conquistou por minha causa, porque sou republicano. Se o governador não gosta de mim, tudo bem, não quero casar com o governador, eu já sou casado, eu só quero respeito”, disse o presidente.
É importante que as diferenças ideológicas sejam colocadas de lado no momento em que a crise ambiental causada por incêndios em todo o território do Brasil deixou a atmosfera insalubre em nove estados e no Distrito Federal nesta segunda-feira, 26. Esse foi o comando de Lula e o comportamento de Tarcísio.