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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A nova derrota de Bolsonaro, agora com os militares

Partido do presidente puxa menos candidaturas de oficiais do Exercito, Marinha e Aeronáutica do que em 2018

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 nov 2022, 10h39 - Publicado em 3 nov 2022, 10h36

O presidente Jair Bolsonaro atraiu menos candidaturas de militares nestas eleições de 2022 em relação a 2018. Também elegeu menos.

Neste ano, 146 militares concorreram ao cargo de deputado federal, estadual ou distrital pelo PL, atual partido de Bolsonaro. Em 2018, quando o atual presidente estava filiado ao PSL, o número de servidores militares e de forças policiais na disputa por uma vaga nos legislativos era maior: 212.

Há quatro anos, o PSL elegeu 42 militares em 2018 (somando deputado federal, estadual e distrital), enquanto agora o PL elegeu 16 candidatos nestes cargos em 2022.

Em 2018, o PSL concentrou 19,9% de todas as candidaturas de servidores militares e de segurança, enquanto o PL em 2022 concentrou somente 11%. “Esses números chamam atenção pela possível atração de carreiras públicas de militares e de forças policiais em torno do atual presidente, oriundo do Exército Brasileiro”, explica Vanessa Campagnac, gerente de dados e comunicação da República.org.

Os dados fazem parte de um levantamento produzido pela República.org – organização que se dedica à melhoria da gestão de pessoas no serviço público.  Este é o segundo estudo feito pelo instituto, que analisou os dados sobre os servidores públicos que decidiram disputar a eleição para os cargos de deputado federal, deputado estadual e deputado distrital.

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“Os achados do estudo anterior sobre as candidaturas de servidores públicos brasileiros sinalizaram um alerta sobre o aumento das candidaturas de servidores militares e de forças policiais, sobretudo em relação à categoria de policial militar, se comparadas às candidaturas de servidores civis. Com este segundo estudo, conseguimos entender em que partidos se concentram essas candidaturas e qual o desempenho eleitoral dos candidatos”, afirma Vanessa Campagnac.

SERVIDORES CIVIS 

O levantamento República.org mostra que os servidores públicos civis concentram-se, sobretudo, em partidos que se consideram como de esquerda ou centro-esquerda no espectro político, como PT, PSB e PSOL. Já as candidaturas de servidores militares e de forças policiais estão concentradas no PSL, PTB e PSB, sendo os dois primeiros considerados mais à direita.

O PT é o partido com maior número absoluto de candidatos declarados servidores públicos civis. Ao longo das últimas seis eleições, foram 610 candidaturas, sendo a maior parte delas de servidores públicos estaduais (238 ou 39%), seguido de servidores públicos federais (223 ou 36,5%). O partido com o maior quantitativo de candidaturas de servidores públicos municipais, segunda maior categoria do serviço público civil com candidaturas, é o PSOL (153 candidatos). O PSB concentra o maior quantitativo de servidores públicos estaduais (279), e sempre esteve nos primeiros lugares deste ranking em cada um dos seis pleitos, tendo sua menor posição em 2010, quando ocupou a quinta colocação em números absolutos de candidaturas de servidores públicos civis.

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