
O ex-presidente Jair Bolsonaro iniciou uma jogada para arrecadar dinheiro de apoiadores alegando muitos gastos hospitalares e jurídicos, anunciou o ex-ministro do Turismo Gilson Machado no último final de semana.
Eles não chamam de jogada, mas é.
Primeiro porque há uso político da questão com o escândalo do INSS, que iniciou no governo do líder da extrema-direita mas de fato se multiplicou na gestão Lula-3.
“A nossa índole é pedir, e jamais colocar a mão no dinheiro dos aposentados e dos brasileiros, como a esquerda fez agora. É no Banco do Brasil, não é em banco estrangeiro não, desviando dinheiro. É tudo às limpas mesmo”, afirmou Gilson Machado em vídeo publicado nas redes sociais.
Segundo o ex-ministro, dos 17 milhões arrecadados na primeira campanha Pix do ex-presidente, oito já foram gastos com hospitais, médicos e advogados.
“Vocês não têm noção, minha gente. A nossa preocupação com as despesas do presidente Bolsonaro, que são centenas de despesas, de todas as naturezas, principalmente jurídicas, passagens, etc, e também hospitalares. Quem não puder, não tem problema, doa um real, dois, quem não puder, de jeito nenhum, não doa, passa pra frente essa mensagem”, disse Gilson Machado.
O ex-integrante do primeiro escalão de Bolsonaro continuou: “Quero dizer que o presidente recebeu na outra campanha 17 milhões de reais. Mas já gastou em um ano 8 milhões, já começou a desidratar. É por isso a nossa preocupação. A gente vai deixar o presidente desidratar para depois correr atrás e ele começar a não pagar advogado e deixar de ser defendido? Não, a gente não vai deixar isso daí. Eu não vou deixar. Eu vou lutar”.
Tadinhos, faltando nove milhões daqueles arrecadados na última campanha, sem contar os proventos mensais de quase R$ 100 recebidos por Bolsonaro, o grupo político já está preocupado com a “desidratação” financeira do ex-presidente. Daí, a necessidade de outra campanha Pix.
Pode, leitor, ou quer mais? Aparentemente, querem bem mais.