
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, primeiro a depor na CPMI do 8 de Janeiro, transformou a dúvida sobre o seu próprio comportamento em uma crítica institucional à PRF, que não existe neste momento.
Tudo estratégia! E cretina, diga-se de passagem. Mesmo para alguém que foi convocado como testemunha.
Fingindo não saber o que está em jogo na Comissão — o seu péssimo comportamento no segundo turno das eleições —, Silvinei Vasques afirmou que as suspeitas sobre a PRF no pleito de outubro são a “maior injustiça” já feita contra a corporação.
“A gente vai ter a possibilidade, pela primeira vez, de combater esta que foi a maior injustiça já realizada na história da Polícia Rodoviária Federal”, disse o ex-diretor da PRF.
Ora, a Polícia Rodoviária Federal tem 95 anos. Não é ela que está em questão. Mas o comportamento dele como diretor na campanha, pedindo votos para Jair Bolsonaro e ordenando blitze em rodovias federais no dia 30 de outubro de 2022 — dia do segundo turno das eleições —, principalmente na região Nordeste.
Silvinei Vasques não somente nega tudo o que aconteceu naquele importante dia da história do país, como se coloca como defensor da instituição pela qual se aposentou aos 47 anos.
O ex-policial rodoviário acredita que, ao se colocar como porta-voz da PRF, estará se blindando.
A verdade é que ele está manipulando as informações e os fatos — fazendo uma confusão total entre a PRF e o seu papel de diretor — para tentar se livrar de suas responsabilidades.