Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Black das Blacks: VEJA com preço absurdo
Imagem Blog

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

A avaliação de Moraes e Dino sobre a ‘alucinação’ de Bolsonaro

Ou... a alucinação, a vigília e ferro quente — o combo final do ex-presidente

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 nov 2025, 10h37 - Publicado em 24 nov 2025, 09h59
“Meti ferro quente aí. Curiosidade. Ferro de solda.” A frase, por si só, já é um documento político. Mas ganha outra dimensão quando colocada ao lado da alegação feita pela defesa do ex-presidente: Jair Bolsonaro teria tentado romper a tornozeleira eletrônica porque estaria sob alucinações provocadas por uma combinação de medicamentos.

O contraste entre o tom quase jocoso da confissão e a justificativa clínica produzida pelos advogados cria dois Bolsonaros — o que se vangloria e o que se desculpa; o que posa como desobediente e o que se apresenta como vulnerável.

Continua após a publicidade

O voto do ministro Alexandre de Moraes, submetido nesta segunda, 24, ao referendo da Primeira Turma do STF, trata o episódio de forma direta: o equipamento de monitoramento apresentava queimaduras em toda a circunferência, e o próprio Bolsonaro admitiu ter usado um ferro de soldar para tentar abrir a tornozeleira. A tese da defesa, portanto, enfrenta a materialidade da violação e a confissão do ex-presidente.

Moraes e Flávio Dino já votaram pela manutenção da prisão preventiva. No voto, o relator descreve um conjunto de elementos que, segundo ele, sinalizam risco concreto de fuga. Entre eles, a convocação feita por Flávio Bolsonaro para uma “vigília” diante do condomínio do pai, a repetição do padrão de mobilização de apoiadores para gerar tumulto e o histórico recente de aliados que deixaram o país para driblar decisões judiciais.

O ministro afirma que a intenção de inutilizar a tornozeleira foi “dolosa e consciente” — o oposto da narrativa de alucinação. E conecta a convocação da vigília com a possibilidade de criar um ambiente favorável à evasão, algo que descreve como incompatível com a manutenção da prisão domiciliar.

Continua após a publicidade

Ao levar o caso ao colegiado, Moraes busca uma decisão institucionalmente mais robusta para um episódio que envolve confissão, justificativa médica contestada e movimentação política simultânea. A análise da Primeira Turma deve ser concluída ainda hoje.

Entre o delírio alegado e o ferro quente confirmado, permanece um fato simples: a tornozeleira foi queimada. E isso, na avaliação dos ministros que já votaram, não é um acidente. É um passo a mais na escalada de confrontos de Bolsonaro com o sistema de Justiça.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SUPER BLACK FRIDAY

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
SUPER BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.