O presidente argentino, Javier Milei, teve uma aula de diplomacia após a última fraude eleitoral perpetrada por Nicolás Maduro na Venezuela. E a aula veio do Brasil e de Lula, hoje tão criticado pelo vizinho de extrema-direita, amigo da família Bolsonaro.
Mesmo manchando sua própria biografia ao normalizar o golpe dentro do golpe na Venezuela, o petista não piorou a situação ao abandonar a Argentina ao léu em Caracas.
É que Maduro deu um ultimato ao corpo diplomático argentino do país, expulsando-os da Venezuela em mais de um de seus atos autoritários.
A fila de decisões sórdidas do líder do regime chavista só aumenta nos últimos dias, após a não divulgação das atas eleitorais do pleito do último fim de semana.
Em meio ao impasse social e político, a Argentina pediu a solidariedade de outros países para a custódia das instalações da missão argentina em Caracas – incluindo a embaixada, seus bens e arquivos e a proteção dos interesses dos cidadãos no território venezuelano.
O Brasil levantou a mão, assumiu o posto e até hasteou a bandeira brasileira na embaixada da Argentina, em uma imagem icônica que imediatamente entrou para a História.
Javier Milei teve que dar o braço a torcer, agradecendo publicamente o Brasil, destacando inclusive os “laços de amizade” (agora eles valem) entre os dois países. Não citou Lula, mas deveria. Como disse, o líder da extrema-direita argentina recebeu uma aula do Itamaraty. Espero que aprenda.