Marcela Rahal

Por Marcela Rahal

Jornalista, já atuou em diversos veículos como repórter, editora e âncora de telejornais. Sempre cobrindo hardnews, nas editorias de política, economia e cidades. Blog de informação e análise do cenário político nacional.

Política

O que mostra a possível ida de Boulos para o governo Lula

O deputado federal (PSOL-SP) é cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência

Por Marcela Rahal SEGUIR SEGUINDO 16 Maio 2025, 17h50

FUTURO - Boulos e Lula: vitória em São Paulo é considerada estratégica para os planos reeleitorais do presidente (Ricardo Stuckert/PR)

A ida do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para comandar a Secretaria-Geral da Presidência pode ser definida em breve. Caso se confirme, o parlamentar entraria no lugar de Marcio Macêdo e estaria no coração do governo Lula, atuando dentro do Palácio do Planalto.

Aliados do presidente acreditam que a troca por Boulos, dado como um nome de extrema esquerda vinculado a imagem do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, mostra que o petista não vê mais a possibilidade de uma Frente Ampla para 2026. ‘Acho que ele dá como certo que só os partidos mais de centro-esquerda estarão com ele, no caso a Federação do PT com PV e PCdoB, mais PSB, PSOL e talvez PDT. O resto vai com Tarcísio’, aposta.

O que significa que o governo terá que se unir e se fortalecer com siglas que tenham o mesmo viés ideológico para as eleições do ano que vem. Por um lado, isso pode ser uma espécie de isolamento, mas por outro, uma forma de ter um discurso mais claro e unificado.

Lula tem anunciado há meses uma suposta reforma ministerial para angariar apoio político, mas foram feitas poucas mudanças e com nomes do próprio PT, como a ida de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais.

A coluna havia relatado que uma ala importante do partido está preocupada com a movimentação de siglas de centro-direita se unindo em federações, como no caso do União com o Progressistas. Com isso, tem sobrado cada vez menos opções para o Palácio, que ainda luta num cenário de impopularidade.