O argumento de testemunha ligada a irmão de Lula para não falar na CPMI

A sessão da CPMI do INSS desta quinta-feira, 9, foi marcada por tensão e silêncio. O advogado de Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), afirmou que seu cliente estava pronto para prestar depoimento, mas recorreu ao direito constitucional de permanecer calado após ser alvo de uma nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal no início da manhã.

“Ele veio hoje preparado, com um caderno de respostas, 24 slides e um vídeo para esclarecer todas as perguntas. Mas às 6h30 da manhã foi alvo de busca e apreensão. A casa dele foi arrombada, e ele não tem condição psicológica de falar”, disse o advogado, durante a sessão. Segundo o defensor, até pouco antes da ação da PF, Baptista estava disposto a responder “de forma integral” às perguntas dos parlamentares.

A operação Sem Desconto apura um esquema de fraudes de desvio bilionário de aposentados e pensionistas por meio de descontos indevidos do INSS. O Sindnapi, ligado ao irmão do presidente Lula Frei Chico, passou a ser investigado por suposto envolvimento em contratos com instituições financeiras.

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