Manobra sobre PL da anistia na Câmara não teve aval de Bolsonaro
Decisão de protocolar o requerimento de urgência do projeto foi do líder do PL, Sóstenes Cavalcante

A estratégia do líder do PL, Sóstenes Cavalcante, de protocolar o requerimento de pedido de urgência do projeto que anistia os condenados pelo 8 de janeiro na Câmara foi uma decisão pessoal do próprio deputado. O ex-presidente Bolsonaro era contra a medida, neste momento, por tornar públicas as assinaturas de quem apoiou a iniciativa. A proposta também pressionaria ainda mais o presidente Hugo Motta, que se vê agora sem saída para levar o tema à votação direto no plenário.
Mas, como o governo começou a atuar para que parlamentares da base retirassem o apoio, Sóstenes resolveu protocolar nesta segunda-feira, 14, o pedido para evitar a fuga das 257 assinaturas necessárias.
Desde domingo, o ex-presidente está internado na UTI em decorrência de uma cirurgia de desobstrução abdominal e não pôde participar da decisão. O filho Eduardo Bolsonaro, no entanto, elogiou a manobra de Sóstenes.
‘Se tivessem juízo deixariam o PL da anistia transcorrer normalmente, mas como a arrogância os deixa cegos, vai ser necessário muita batalha. Mas tenho certeza que a justiça prevalecerá e os direitos básicos dos cidadãos retornarão’, postou no X.