De quem foi a decisão sobre o recuo no IOF, segundo a Fazenda
À coluna, comunicação do ministério afastou qualquer possibilidade de o Palácio ter interferido na medida

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta manhã o recuo do governo sobre o aumento de 3,5% do IOF para fundos brasileiros no exterior. Os investimentos, portanto, continuam com alíquota zero. Mas com a repercussão negativa tanto do mercado quanto da política, houve uma especulação de que o Palácio do Planalto teria pressionado o ministério a voltar atrás a decisão.
‘Foi uma decisão isolada do ministro, não teve interferência do Palácio’, informou a comunicação da pasta à coluna. Em coletiva mais cedo, o ministro disse que começou a receber mensagens desde o fim da tarde de quinta-feira, logo após o anúncio. “Nós entendemos que, pelas informações recebidas, valia a pena fazer uma revisão desse item para evitar especulações sobre objetivos que não são próprios da fazenda nem do governo, de inibir investimento fora, não tinha nada a ver com isso”.
Haddad disse ainda que a medida foi pra evitar uma ‘mensagem que não era a desejada pelo Ministério da Fazenda‘. Vale lembrar que a crise do PIX gerou um desgaste enorme para a imagem do governo, que, à época, também teve que voltar atrás.
O recuo no IOF representa, segundo o ministério, uma parte muito pequena do conjunto de medidas que será feito para atingir a meta fiscal deste ano, seria cerca de R$ 2 bilhões de um congelamento total de R$ 31,3 bilhões, – sendo R$ 10,6 bilhões em bloqueio e R$ 20,6 bilhões em contingenciamento.